Candidatos “no vermelho” fazem campanha atrás de voto

 Uma lição que todos sabem é que não se pode gastar mais do que se ganha. A divulgação da prestação de contas parcial dos candidatos que querem administrar uma cidade revelou que muitos deles estão gastando mais do que arrecadam. O economista Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), por exemplo, foi o líder de arrecadação entre os que disputam a prefeitura de Vitória. De acordo com a planilha entregue à Justiça Eleitoral, ele arrecadou um volume de R$ 1,3 milhão em doações.

No vermelho I
No entanto, as despesas de campanha somaram R$ 1,4 milhão. Na Capital, quem também está com a corda no pescoço é o candidato Montalvani Lima (PRTB). Segundo balanço do TSE, ele arrecadou R$ 7,5 mil e já gastou R$ 10,8 mil. Quem é que vai pagar essa conta?

No vermelho II
Quem também está dando mau exemplo de administração do dinheiro é deputado federal Audifax Barcelos (PSB). Segundo informações, o candidato tem em caixa R$ 235 mil, mas já gastou R$ 268 mil.

Endividado
Em Cariacica, uma das piores situações é do candidato Geraldo Luzia, o Juninho (PPS). De acordo com a prestação de contas, o vice-prefeito não teve nenhuma arrecadação, no entanto, tem uma despesa de R$ 56 mil. Só não está pior que o deputado Marcelo Santos (PMDB), que tem uma arrecadação de R$ 90 mil, mas já gastou R$ 481 mil. Pelo visto não está fácil para ninguém…

Dois pesos
Vejam só como a candidatura da deputada federal Iriny Lopes (PT), que disputa a prefeitura de Vitória, é mesmo a prioridade do partido. Segundo dados da prestação de contas, Iriny recebeu do partido doação de R$ 570 mil para sua campanha.

Enquanto isso…
A candidatura do vereador João Batista Babá (PT), que concorre à prefeitura de Vila Velha e vive reclamando das dificuldades financeiras da campanha, não recebeu sequer um tostão da executiva. Está contando com a solidariedade dos amigos. A senadora Ana Rita (PT), por exemplo, depositou um cheque de R$ 1 mil para ajudar nos custos.