Cumprindo o acordo verbal de colocar em votação todos os projetos na Assembleia Legislativa na terça-feira durante o período eleitoral, os deputados estaduais limparam a pauta em sessão relâmpago e aprovaram cinco projetos do Executivo que aguardavam aval dos parlamentares. A votação foi encerrada em menos de uma hora de expediente. A partir daí o plenário foi se esvaziando e a maioria que ficou no local eram os que estavam inscritos para falar na tribuna. Além da rapidez, o que chamou a atenção foram os discursos de agradecimentos aos deputados após a votação das matérias.
Comprometimento
Quem assistiu à sessão ficou com a impressão de que os deputados fizeram um grande favor à população por terem comparecido ao trabalho para votar os projetos. O deputado Atayde Armani (DEM), por exemplo, destacou o compromisso dos parlamentares para a votação desta terça-feira. E nos outros dias, não há compromisso, deputado?
Como assim? I
O deputado Freitas (PSB) agradeceu a presença dos deputados e disse que nenhum projeto está parado na Casa por conta do período eleitoral. O nobre parlamentar talvez não lembrou (ou não estava presente) da sessão da última segunda-feira, quando a pauta ficou travada e nenhum projeto pode ser votado por falta de quórum.
Como assim? II
A deputada estadual Luzia Toledo (PMDB), vejam só, após a aprovação dos projetos disse que estava orgulhosa da grande participação dos deputados, o que mostrou que os parlamentares estão comprometidos com os interesses da sociedade. E as outras várias sessões que caíram por falta de quórum nas últimas semanas? Cadê o comprometimento?
Casa cheia
Três deputados que estavam de licença voltaram nesta terça-feira para ajudar na votação. Luciano Rezende (PPS), Marcelo Coelho (PDT) e Solange Lube (PMDB), todos estavam de afastados por conta do período eleitoral.
Assédio
O candidato do PSOL a prefeitura de Vitória, Gustavo De Biase, disse que o deputado Luciano Rezende (PPS), também candidato, teria lhe proposto partir para o ataque contra o ex-deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) para forçar um segundo turno na cidade. Além disso, Luciano teria dito que gostaria de ver o estudante em sua administração caso seja eleito. Luciano foi procurado, mas por meio da sua assessoria disse que não iria comentar a acusação.