Coser diz que vai deixar Vitória organizada para Luciano

Às vésperas de deixar a prefeitura de Vitória, o prefeito João Coser (PT), participou (finalmente) de uma entrevista na Rádio Vitória para apresentar o balanço dos seus oito anos de mandato. O petista destacou que nesse período conseguiu reduzir as desigualdades sociais e que vai deixar a Capital mais organizada para o futuro prefeito Luciano Rezende (PPS). Na entrevista, afirmou que pode bater no peito e ter orgulho por essa conquista.

Saneamento
Coser destacou que encerrar seu mandato com Vitória tendo a capacidade de ter 100% de saneamento básico é uma das suas principais realizações. “É vergonha para a cidade que é uma ilha não ter esgoto tratado”, disse. Lembrou, no entanto, que a obra lhe causou um grande desgaste, principalmente pelas obras que causaram o fechamento de várias vias. “Eu não fiz para ser aplaudido, fiz porque era necessário”.

Pedido especial
Logo que assumiu o mandato, Coser lembrou que o então senador Renato Casagrande (PSB) lhe fez um pedido para que acabasse com os alagamentos no Bairro República, onde até hoje moram os pais do socialista. Sempre que chovia, Casagrande acabava ilhado. O pedido foi atendido e agora pode chover que o governador consegue chegar até lá tranquilamente.

Polêmica
Em meio à polêmica sobre a decisão do STF de determinar a perda de mandatos dos envolvidos no Mensalão, Coser preferiu não se posicionar, mas sinalizou que houve excesso. No entanto, defendeu que a decisão seja cumprida para que a Justiça brasileira seja respeitada.

Caixa-dois
Durante a entrevista, Coser reconheceu que o PT nacional fez caixa-dois durante a campanha e disse que todos partidos comungam da mesma prática. O prefeito, no entanto, afirmou que se trata de uma política equivocada e condenada pela atual administração do partido.

Tudo igual
O prefeito também comentou sobre o polêmico projeto que redistribui os royalties de petróleo. O petista defende a divisão da riqueza, mas não com os contratos já firmados. “O Brasil não vai permitir a quebra de contratos. Seria uma desmoralização em caráter internacional”, protestou.