Uma semana de muitas perguntas e poucas respostas

A semana chegou ao fim e varias perguntas continuam sem resposta. Para que as coisas não caiam no esquecimento, a coluna deste sábado resgata algumas questões que precisam ser encerradas. Pra começar, vamos falar da greve (nem tão geral assim), que foi marcada por momentos curiosos, como o carro de som das centrais sindicais pedindo para manifestantes deixarem a Assembléia Legislativa.

Então, a primeira conta fica para os sindicatos, que fizeram uma confusão na cidade, botaram pouca gente na rua e ainda renegaram o movimento de protesto contra o pedágio. Pegou mal…

Por falar em conta, os municípios do Estado já sentem na receita os reflexos da Resolução 13/2012, do Senado Federal, que impacta diretamente nas operações ligadas ao Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap). A arrecadação de ICMS gerado pela importação teve queda de 56% no primeiro semestre deste ano, se comparada ao mesmo período de 2012,. Segundo o presidente do Sindiex, Severiano Imperial, isso vai resultar em menos recursos a serem repassados aos municípios.

Estranha matemática

Apesar dos alertas sobre queda na arrecadação e da economia estagnada, ainda tem prefeito jogando dinheiro pelo ralo. Ou melhor, pelo palco. Os cachês pagos pelas prefeituras capixabas para as festas do momento estão melhores do que nunca… Nesse mercado não há recessão.

Da Ponte para o Pronto Socorro

Mais uma bola fora do governo: o programa que pretende entregar a saúde dos brasileiros mais pobres (aqueles que dependem do SUS) a médicos estrangeiros, que não dominam nosso idioma e não tem diplomas reconhecidos aqui, continua sendo empurrado goela abaixo pela bancada governista. Para completar, Vitória, que tem mais médicos do que pacientes, já se candidatou para receber médicos do programa. Ainda estamos esperando algum parlamentar corajoso para propor uma emenda que obrigue políticos e seus familiares a serem atendidos por esses médicos. Fica aí a nossa sugestão! Também poderiam obrigar a presidente Dilma a trocar o Sírio-Libanês por um médico cubano…

Sem preconceito, gente!

Em Jardim América, Cariacica, essa história de médico estrangeiro não tem apoio da comunidade. Um antigo morador do bairro, gaiato que só ele, escreve para a coluna e pergunta: Quer dizer que agora os atestados médicos paraguaios serão legítimos?

Falta tudo e mais um pouco

E pelo jeito a coisa anda feia em Jardim América. O bairro, que elegeu recentemente novo presidente para o Centro Comunitário, deve entrar agora numa briga contra os bailes funk promovidos por uma casa noturna. O novo líder comunitário afirma que tem criminosos de todos os cantos do Estado frequentando esse baile, conhecido pelas ocorrências policiais. A comunidade quer o fim da bagunça.

A fila andou

O Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES) retomou as pautas de conciliação em precatórios envolvendo o Governo do Estado. A primeira rodada de negociações foi realizada na última sexta-feira (12/7), no Plenário do Tribunal, e conduzidas pelo juiz auxiliar de precatórios, Luís Eduardo Fontenelle. Dos 15 processos incluídos em pauta, onze terminaram em conciliação entre as partes. Os acordos somaram R$ 3.403.930,00, beneficiando 173 credores.  O maior acordo, no valor de R$ 1.526.370,00 envolveu 84 trabalhadores da RTV – Rádio e Televisão Espírito Santo.

Democracia só até a página 2

E já que estamos falando da RTV, continua repercutindo nas redes sociais a censura a uma participação do professor Vitor Gentilli em um programa da emissora. O trecho em que o professor criticou o governo do Estado simplesmente desapareceu da versão que foi ao ar.

Snowden neles

E já que falamos de democracia (?), o presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Ricardo Ferraço, quer que o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, esclareça as denúncias de espionagem no Brasil. Na semana que vem, a comissão deve ouvir o depoimento de Glenn Greenwald, jornalista do The Guardian. Apesar disso tudo, o Brasil ainda não concedeu asilo a Snowden. Aliás, por que a Comissão de Relaçoes Exteriores ainda não se posicionou sobre essa omissão do governo brasileiro?