Conflitos internos no PSB antes da mudança de direção

macacielPrestes a deixar a presidência do PSB capixaba, o atual chefe do partido, Macaciel Breda, vai precisar administrar um princípio de conflito dentro da sigla. Interlocutores que circulam no meio político garantem que ele ainda não engoliu o fato de ter que deixar o comando do partido com a desculpa de que precisará de tempo para cuidar da sua campanha eleitoral no ano que vem, já que pretende disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. A declaração publicada na imprensa de que o governador Renato Casagrande (PSB) não ficará neutro na escolha presidencial pode ter sido um sinal da insatisfação.

Troca-troca
O motivo seria o arranjo político, supostamente liderado pelo chefe do Executivo, para a indicação do ex-secretário Luiz Ciciliotti assumir o PSB no Estado. Outro que estaria insatisfeito, segundo interlocutores, seria o deputado federal Paulo Foletto (PSB), que não escondia de ninguém o desejo de ficar na presidência.

Imparcial
Apesar da opinião de Macaciel, Casagrande tem dito que só irá discutir o assunto no ano que vem e prefere adotar o discurso de que o momento é de manter a base aliada para terminar seu mandato. Há chances, inclusive, de ele ficar neutro no processo que terá Eduardo Campos (PBS) como candidato a presidente para manter o PT na base palaciana. Mas pela declaração de Macaciel, o discurso vai por água abaixo.

Dificuldade
Apesar do discurso teórico, na prática todos sabem que vai ser muito difícil para Casagrande manter essa posição, principalmente depois da filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB. A dobradinha Marina e Campos pode fortalecê-lo no Estado, mas por outro lado o coloca em posição quase isolada na disputa pela reeleição.

Haja pressão
A pressão por um apoio declarado a Campos, como não poderia deixar de ser, vai ser grande. É pouco provável que a Executiva nacional abra mão dessa posição do governador, até porque apesar da queda de popularidade após as últimas manifestações, o governo Casagrande ainda é bem avaliado entre a população capixaba.

Implosão
Diante de todo o cenário, o PT já cogita ter candidato próprio, da mesma forma que o PMDB também não descarta brigar pelo seu espaço lançando a candidatura do senador Ricardo Ferraço (PMDB). Ao que tudo indica, a parceria PSB, PT e PMDB está com os dias contados, apesar de o discurso querer parecer o contrário.