Foi o tempo em que o Partido dos Trabalhadores (PT) brigava para investigar as denúncias de irregularidades e lutava contra a corrupção nas mais diversas esferas do Governo. Com o poder nas mãos há quase oito anos e manchado pelo escândalo do Mensalão, o partido agora acusa a oposição de utilizar artimanhas eleitoreiras para apurar a falha na compra de uma refinaria pela Petrobras.
A deputada federal e coordenadora da bancada capixaba, Iriny Lopes, é uma das petistas contra a decisão de abrir uma CPI na Câmara. Segundo ela, em ano eleitoral, a abertura de uma investigação na Câmara teria apenas um caráter eleitoral para prejudicar a presidência da República, Dilma Rousseff.
Não é apenas Iriny que é contrária a abertura da CPI. Outras lideranças petistas capixabas também rezam na mesma cartilha e, da mesma forma, acreditam que o erro, se é que houve erro, é fruto da invenção dos opositores.
Independente de ser eleitoral ou não, chama atenção o fato de o PT, que sempre defendeu investigações contra qualquer indício de irregularidades no Governo, agora tenta abafar uma denúncia para não desgastar a imagem da presidente.
Assim como o Mensalão, militantes petistas até hoje garantem que não houve crime de corrupção e que seus condenados foram alvos de uma direita e da imprensa elitista. A pergunta que fica é: Até quando o PT vai manter essa mania de perseguição para justificar seus erros?
Dilma usou a mesma desculpa de Lula para justificar o contrato da compra de uma refinaria. Segundo declarou, ela não sabia de uma cláusula que obrigada a Petrobras a comprar parte da empresa em caso de discordância entre as parte. O ex-presidente também garantiu que não sabia que o ex-ministro José Dirceu, seu braço direito no poder, liderava o esquema do Mensalão. Talvez seja a hora dos petistas escolherem melhor seus companheiros.
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