Com a proximidade das eleições, lideranças políticas do Estado estão em polvorosa diante do cenário eleitoral que se desenha no Estado. O clima de alianças e coligações tem causando verdadeiros rachas nos partidos aqui no Espírito Santo. O caso mais emblemático acontece dentro da sede do PMDB. Acostumado a sempre ser situação, o partido, no entanto, já se vê na possibilidade de ter que fazer oposição ao atual governo do Estado.
Os sinais, inclusive, já podem ser vistos na Assembleia Legislativa onde o partido tem uma bancada com sete parlamentares. Um grupo de rebeldes não quer continuar na base que elegeu o governador Renato Casagrande e não esconde o contentamento de lançar o ex-governador Paulo Hartung como candidato.
Por outro lado, outros governistas querem, a todo custo, ficar do lado de Casagrande no seu projeto de reeleição. Diante do impasse, os peemedebistas parecem ter descartado a enfraquecida candidatura do senador Ricardo Ferraço, cada vez mais perto do prefeito Luciano Rezende (PPS) e do grupo político formado por Casagrande. 
Perdidos no meio do olho do furacão, os peemedebistas realizam reuniões semanais, de portas fechadas, para tentar encontrar uma solução, embora as principais estrelas do partido querem mesmo ver Hartung de volta ao Palácio Anchieta, entre elas, o presidente da sigla, o deputado federal Lelo Coimbra. As lideranças mais otimistas já até confirmam sua candidatura, embora o ex-governador prefira, como sempre, fazer mistério sobre seu futuro político.
Mas importantes peemedebistas também querem aconchego no ninho das pombas palacianas. Entre elas, a deputada federal Rose de Freiras, que nunca escondeu de ninguém a relação conturbada que tem com Hartung. Nesse cenário, existe ainda o próprio Ferraço, que preterido pelo seu então padrinho político pela segunda vez, deve mesmo subir no palanque de Casagrande e brigar para que a legenda siga o mesmo caminho.
A novela do PMDB sobre quem fica com quem parece estar longe de terminar, muito menos com final feliz. Independente da escolha, a maior partido no Estado está dividida. Essa eleição, definitivamente, não será igual àquela que passou.