O dilema do PSB em se aliar com o PT para garantir votos

renato_casagrande__857913a6a1Nacionalmente o PSB, que até pouco tempo atrás fazia parte da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), entregou os cargos que tinha no Planalto e de uma hora para outra começou a fazer duras críticas ao Governo Federal. O próprio presidenciável Eduardo Campos (PSB) era um dos braços de Dilma na administração.  Mas em ano eleitoral o que era bom passou a ser ruim e o discurso oficial agora é de que o Brasil precisa avançar, o Brasil quer mais mais que um gerente, como costumam dizer as pombas socialistas.

Se nacionalmente PT e PSB estão em clima de guerra, aqui no Estado, o governador Renato Casagrande (PSB) até deixa de lado o apoio a
Campos para manter os petistas na base aliada e garantir reforço ao seu projeto de reeleição. Ou seja, é mais ou menos assim: o PT é bom para o Estado, mas não é para o Brasil.

E se analisarmos principalmente os últimos quatro anos de Governo da presidente Dilma, nem com os capixabas o PT teve piedade. Há anos se espera a conclusão das obras do aeroporto, a duplicação das BR-101 e BR-262 e os investimentos na área portuária para aumentar nossa competitividade.

No entanto, até agora o que Dilma fez foi autorizar alguns remendos no aeroporto e pequenas intervenções no complexo portuário do Estado. As rodovias, nem se falam. Continuam matando e deixando vários motoristas feridos todos os dias em acidentes.

Diante desse cenário, o que surpreende é que Casagrande ainda assim faça qualquer coisa para continuar a aliança com os petistas, que ameaçam se debandar para o lado do ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Ele tem negado até mesmo palanque para o candidato do seu partido a presidência e se manter neutro no processo eleitoral, embora seja inegável o peso de uma aliança como esta.

Talvez esteja na hora do Governo Estadual levantar a bandeira da mudança, que inclusive elegeu o prefeito de Vitória, Luciano Rezende em uma eleição de virada, um dos seus principais aliados nessa tentativa de reeleição. Assim como o Brasil, o Espírito Santo também quer avançar. Também quer mais.