Dilma faz festa entre os seus. Quem não era do lado dela, vaiou a democracia

Foto: Everton Nunes

Estava concorrido um lugar no Centro de Convenções de Vitória para estar perto da presidente Dilma Rousseff (PT). Longas filas de alunos formandos. Alguns não conseguiram entrar. Na entrada do evento, assessores desesperados para conseguir liberar a passagem de vereadores do interior. Correligionários da presidente parecem estar com a vaia que Dilma recebeu na abertura da Copa, atravessada na garganta. Era só anunciar um nome de político de partido que não formasse chapa com o PT, que as vaias ecoavam no salão do evento. Deputados e o governador receberam algumas. Mas foi o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), quem mais precisou fazer cara de paisagem e fingir que nada estava acontecendo. Luciano lidou bem. Manteve o sorriso durante o discurso e falou rapidamente, entregando a batata quente para o próximo.

Nem queria sentar mesmo
Cadeiras para poucos. Muitos acompanharam de pé os discursos, o de Dilma durou meia hora. Domingos Taufner, presidente do Tribunal de Contas do Estado, penou para conseguir passar pelas barreiras na entrada, mas se manteve tranqüilo, e sem reclamar da falta de assentos, ficou encostado na parede, num canto do salão.

Viagem curta
A primeira-dama de Vitória, Marina Rezende, acompanhou de perto a visita da presidente Dilma ao Estado. Ao cumprimentá-la, Dilma recordou uma situação vivida com o deputado Claudio Vereza (PT), pai de Marina, durante um vôo de helicóptero. O papo entre as duas seguiu bem animado, pena que o tempo foi curto para lembrar todas as histórias.

Barreira humana
A deputada Iriny Lopes (PT) parecia até que estava trabalhando na equipe de segurança do Planalto. Durante o evento, ela fazia barreira em quem tentava se aproximar da presidente. Só chegava perto da Dilma quem ela quisesse. Haja proteção!

Quantos votos
Um prefeito da Grande Vitória diz não estar tão confiante nos candidatos lançados para concorrer à única vaga para o cargo de senador da república na eleição de outubro. Chegou a comentar que, se soubesse antes quem estaria na disputa, teria se lançado candidato, para estragar a festa. Será?!

Vice-governadoria
Está bem encaminhado o nome do vice-governador da chapa de Renato Casagrande (PSB). O candidato vem do PPS, partido do prefeito de Vitória, Luciano Rezende. A escolha mostra que Casagrande vai prestigiar a lealdade de Luciano, que ainda no ano passado anunciou apoio para a reeleição. Na convenção do PPS o deputado Sandro Locutor foi apresentado como opção para ser o vice. Mas é melhor avisar para ele que nos bastidores corre forte outro nome.