Com os indícios de que a ex-senadora Marina Silva vai mesmo assumir a candidatura a presidente da República após a morte do ex-governador Eduardo Campos, seu nome vem ganhando cada vez mais força tanto no cenário eleitoral brasileiro e também no Espírito Santo. Lideranças capixabas já dão como certa a chance dela suceder Campos na chapa presidencial.
Força para lutar Marina já mostrou que tem, visto que ela percorreu o país inteiro atrás de assinaturas para validar o Rede Sustentabilidade que mais tarde acabou não sendo autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A chance de disputar a presidência foi impedida pela Justiça eleitoral, mas apesar de conseguir seu objetivo após uma tragédia, Marina ganha fôlego e já se cogita a possibilidade dela chegar ao segundo turno com a presidente Dilma Rousseff, fato que já vem acendendo a luz amarela no comitê dos petistas.
Socialistas capixabas, no entanto, lembram que ao assumir a candidatura, Marina terá que abrir mão e ser mais maleável em assuntos polêmicos. Seus ideais algumas vezes batem de frente com os interesses do PSB e demais agremiações aliadas. Mas apesar disso, a grande maioria dos militantes do partido, inclusive aqui no Espírito Santo, não vê outro nome além do dela.
Com Marina na disputa, o cenário muda. Já há informações publicadas na imprensa nacional que apontam até uma eventual vitória sobre a presidente Dilma´no segundo turno. No Estado, o governador Renato Casagrande pode pegar carona na sua popularidade e conseguir fortalecer sua candidatura à reeleição. Os dois sempre foram aliados desde a época do Senado. Em Vitória, a ex-senadora tem muitos marineiros, tanto que venceu eleição aqui deixando para trás os então candidatos Dilma Rousseff e José Serra.
A confirmação de Marina na disputa deve acontecer sem surpresas ainda esta semana, com aval, claro, de Casagrande. O imbróglio fica agora por conta de quem será seu vice. Candidatos não faltam, inclusive, a própria esposa de Campos, Renata já é cotada para a vaga. O PPS do prefeito Luciano Rezende também não esconde que tem interesse no cargo e pode indicar o líder do partido Roberto Freire como sua opção. Com o último adeus a Campos neste final de semana, os próximos dias prometem ser decisivos na corrida eleitoral.