Os candidatos ao Governo do Estado entram na reta final de campanha com 45 dias para tentar mudar o resultado das pesquisas, aqueles que precisam, obviamente. A expectativa é de que as andanças pelo interior sejam intensificadas e, principalmente, o tom dos discursos eleitorais durante a propaganda eleitoral no rádio e na TV seja mais agressivo.
Antes mesmo da reta final, o comitê de campanha do governador Renato Casagrande (PSB), por exemplo, já tinha elevado o tom das acusações contra o governo anterior. O ex-governador Paulo Hartung, apontado como primeiro colocado na corrida eleitoral rumo ao Palácio Anchieta pelas pesquisas, também faz questão de frisar o que ele considera uma estagnação do desenvolvimento capixaba.
A partir de agora será o tudo ou nada para Casagrande tentar reverter o resultado das pesquisas. Nas redes sociais, o candidato a vice na chapa Palaciana Fabrício Gandini (PPS), comemorava a redução na diferença de votos entre os principais adversários.
Muito feliz! Vamos virar eleição no Estado do Espírito Santo. Diminuímos a diferença e ainda tem 10% de indecisos. Vamos trabalhar!, disse confiante na reviravolta.
A reviravolta, claro, pode acontecer em qualquer eleição, até nas mais improváveis. Assim como aconteceu com o prefeito Luciano Rezende (PPS), que conseguiu sair de um terceiro lugar e sagrar-se campeão de votos contra o ex-deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas, que inclusive, tinha apoio de Hartung.
Outro caso emblemático que está sendo revelado pelas recentes pesquisas é o fenômeno Marina, que após a morte do candidato Eduardo Campos, assumiu a cabeça da chapa e já aparece empatada com a presidente Dilma Rousseff, que até então tinha uma ampla diferença de votos em relação ao segundo colocado, na época, Aécio Neves (PSDB). Com a popularidade de Marina em alta, Casagrande espera seguir nessa mesma progressão, principalmente com a ex-senadora subindo em seu palanque nos próximos dias.
O último mês de campanha também tende a enfraquecer os trabalhos na Assembleia Legislativa. Logo que começou oficialmente era difícil reunir os deputados para manter o quórum de votações importantes na Casa. Nessa reta final, com a grande maioria deles disputando a reeleição, a situação pode ficar ainda mais complicada.
O eleitor que ainda não definiu seu voto precisa ficar alerta nessa reta final. Vale lembrar que, dependendo dos rumos que a campanha tomar daqui para frente, quem já tinha decidido pode mudar de ideia e optar por uma nova opção. Nesse cenário, os candidatos devem apostar em táticas mais agressivas de convencimento. É esperar para ver…