Faltando pouco mais de 20 dias para o eleitor escolher seus candidatos ao Governo, Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa, os candidatos, principalmente os que estão atrás nas pesquisas, vão precisar intensificar as caminhadas, aumentar o número de corpo-a-corpo e gastar, claro, muita sola de sapato para tentar convencer o eleitor que é a melhor opção para representá-lo.
Além dessas táticas comuns, lideranças de peso no cenário nacional também são as apostas dos concorrentes ao Palácio Anchieta para alavancar suas candidaturas. O governador Renato Casagrande (PSB), por exemplo, quer surfar na onda de popularidade da presidenciável Marina Silva o mais rápido possível.
A visita da ex-senadora que deu um salto nas pesquisas e já é apontada como vitoriosa na corrida pelo Planalto ainda não está definida. Aliás, no ninho socialista/Rede existe uma corrida contra o tempo para trazê-la ao Estado, já que há uma expectativa de que a popularidade de Marina possa ajudar na reeleição de Casagrande. A presença dela já foi remarcada algumas vezes, mas parece que até o dia 20 ela aparece por aqui.
Outro trunfo é a visita do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sem a candidata Dilma Rousseff (PT), o jeito para Roberto Carlos (PT) será torcer para que Lula realmente suba em seu palanque, já que, segundo as pesquisas, sua candidatura vem patinando nas últimas colocações. Os petistas também trabalham com essa possibilidade, mas nada ainda foi confirmado.
Se por um lado Casagrande e Roberto Carlos apostam em nomes conhecidos, o ex-governador Paulo Hartung (PMDB), embora seja amigo de longa data, não deve fazer muita questão do presidenciável Aécio Neves (PSDB) em terras capixabas. Aécio viria ao Estado, mas desmarcou o encontro e na direção da campanha ninguém fala mais no assunto.
Com o deputado federal César Colnago (PSDB) sendo vice na vice na sua chapa, o meio político especula que Hartung tenta descolar sua imagem da do tucano. A justificativa seria o baixo desempenho de Aécio nas pesquisas. Independente de nomes populares, os candidatos aqui no Estado precisam mostrar realmente suas propostas e não esperar ajuda de estrangeiros. Até porque, nesse caso, santo de casa é quem tem que fazer milagre.