A guerra declarada entre as equipes de transição do atual Governo e a do próximo já dá sinais de como será o ano político em 2015 com a nova administração. Além disso, também mostra as posturas do governador Renato Casagrande (PSB) e do seu sucessor Paulo Hartung (PMDB) durante os seus finais de mandatos.
Quando deixar o Palácio Anchieta e passar a faixa para seu agora adversário, Casagrande já anunciou que não vai dar trégua para o futuro Governo, apontando as possíveis falhas e adotando um estilo mais agressivo, embora faça questão de dizer que não fará oposição pela simples oposição.
A mágoa por não ter sido reeleito ele deve canalizar nas críticas previstas contra Hartung. O recado já veio um dia após o resultado das urnas, em outubro. Naquela ocasião, afirmou que estará a postos para apontar os erros administrativos e as deficiências éticas da futura administração.
A postura do governador de partir para o ataque vai de encontro a da que foi adotada por Hartung quando deixou o Palácio Anchieta em 2010. O peemedebista saiu de cena e garantiu que não seria um palpiteiro, mas estava disposto a contribuir para o Espírito Santo caso fosse solicitado.
Mesmo tendo sido eleito por arranjos políticos comandados pelo próprio Hartung, foram poucas as vezes que Casagrande buscou conselhos do então aliado. Diante desse cenário, Hartung cumpriu a promessa e passou a se dedicar à iniciativa privada e realizando palestras para empresários, apesar de que nunca ficou de fato longe da política, visto que seu escritório diariamente recebia a presença de lideranças políticas atrás de pedidos de orientação.
Agora, com os dois em lados opostos, o Espírito Santo poderá vivenciar um cenário político bastante acirrado como por um bom tempo não estava acostumado a ver. A troca de acusações já começou e a tendência é ficar ainda mais evidente a partir no ano que vem. A guerra está declarada!
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