É grave a crise. Prefeitos, Governo e sociedade juntos contra o desperdício de água

chuvaNo final do ano passado as prefeituras e o Governo do Estado se reuniram para traçar um plano contra as chuvas, tão comum nessa época do ano. O que ninguém esperava, claro, era que o problema seria o inverso. A falta da chuva abriu uma crise sem precedentes nos últimos 40 anos. Nunca houve uma seca tão grande nesse período.

O problema acabou pegando todos de surpresa. Ninguém estava preparado para a escassez da chuva. Mas para amenizar os efeitos da estiagem, que já causa prejuízos milionários no setor agropecuários, o Governo chamou para si a responsabilidade. Convocou as prefeituras e fez apelo a população para evitar o desperdício de água.

Na última quinta-feira, o governador Paulo Hartung (PMDB) fez um pronunciamento pedindo para que todos economizem água. A crise, até então vista pelos capixabas pela televisão em São Paulo, acabou chegando por aqui. Estamos em época de racionamento, embora aqui no Estado a palavra esteja sendo evitada.

Prefeituras adotaram medidas drásticas. Proibiu moradores de usar água potável para lavar calçadas, carros e encher piscinas. Quem descumprir está sujeito ao pagamento de multa.

É inegável que todos precisam fazer sua parte, mas a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco. Nesse caso, o consumidor comum. Grandes empresas no Estado, que são as maiores consumidoras de água, também precisam se conscientizar do problema. Em Vitória, esses empreendimentos estão na mira dos fiscais da prefeitura, já que muitos usam água para amenizar os efeitos da poluição.

Órgãos públicos também precisam dar exemplo. Nas últimas semanas mesmo, o jornal online Folha Vitória mostrou exemplos de prefeituras que ainda fecharam os olhos para a crise. Flagras de servidores utilizando carro-pipa para lavar ruas, como foi o caso de São Mateus.

Apesar da imprensa estar fazendo seu papel de alertar para o risco de desabastecimento, faltam campanhas do poder público para ensinar a população a evitar o desperdício de água. Foi assim quando os motoristas não tinham o hábito de usar o cinto de segurança. Hoje, raros são os que dão a partida em seus veículos sem antes colocar o equipamento.

Com a união de todos e também com a ajuda de São Pedro a esperança é de que o problema seja pelo menos amenizado. A maior torcida neste momento é para que as águas de março cheguem logo, não para fechar o verão, mas pelo menos ajudar a enfrentar seus efeitos tanto no Espírito Santo como também em outros estados que sofrem com a seca.

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