Assim como em todo o Brasil, na Assembleia Legislativa do Espírito Santo não poderia ser diferente. Tudo sempre começa depois do carnaval. E a folga dos deputados dura mais de 10 dias, o sonho de consumo de qualquer folião mortal. Com o retorno somente na próxima segunda-feira (23), os parlamentares devem, finalmente, resolver questão pendentes na Casa.
Uma das principais é a polêmica envolvendo o nome do novo corregedor. Os deputados Sandro Locutor (PPS) e Hudson Leal (PRP) estão na disputa pela vaga, que foi prometida aos dois, mas só tem espaço para um deles.
O presidente da Mesa, deputado Theodorico Ferraço (DEM), até tentou fazer com que os dois conversem, entrem em acordo, mas o máximo que conseguiu foi dividir o período de quatro anos para cada um. Só que agora, Sandro quer os dois primeiros dois anos. O impasse continua e promete ainda mais polêmica pela frente.
Outro imbróglio que precisa ser desenrolado é sobre a criação da nova CPI do Pó Preto. A abertura da comissão já foi difícil, agora o que se pretende é desenrolar essa história e que o objetivo principal, que é apontar as causas e punir os responsáveis pela poluição, seja cumprido.
Essa CPI, no entanto, já começa com o risco de virar, só para usar o trocadilho, pó. Primeiro pelo fato de alguns dos deputados, vejam só, ter recebido ajuda de campanha de empresas apontadas como principais poluidoras. Será que vai ter imparcialidade? É isso que o povo quer saber e vai acompanhar.
Então enquanto não há definição na Assembleia e os deputados curtem a folia, a expectativa é de que não haja dispersão, os trabalhos evoluam no plenário e que a CPI não acabe em cinzas.
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