A cada dia surge um novo capítulo da novela sem fim que se tornou as obras de ampliação do aeroporto de Vitória.
Entra ano e sai ano, vem eleição e termina eleição, o país troca de presidente e essa obra nunca começa e muito menos é concluída.Diante desse dilema, nem mesmo os mais otimistas acreditam que esse projeto será um dia finalizado.
Mas a impressão que se tem é que o aeroporto é a principal prioridade para o Espírito Santo. Não é, embora seja um dos caminhos para o desenvolvimento econômico do Estado. E a nossa bancada em Brasília parece que ainda não se atentou para isso.
Na semana passada, por exemplo, os deputados e senadores fizeram reuniões, encontros e mais uma vez nada ficou definido. O Governo Federal mais uma vez fechou as portas para o Espírito Santo. A alegação é de que não tem dinheiro para o aeroporto. Aliás, não há dinheiro para muita coisa. Nessa época de crise então…
Já que é difícil vislumbrar uma luz no fim do túnel, talvez seja a hora de querer uma solução para esse problema e entregar o terminal para a iniciativa privada, como já aconteceu em outros estados. Com isso, as atenções seriam voltadas para outros entraves que temos, mas que pouco se falam.
Faltam recursos para a educação, saúde e segurança, só para citar alguns problemas. Como não lembrar das ambulâncias que foram devolvidas e que seriam parte de um projeto de ampliação do Samu no Estado; a outra novela da duplicação das rodovias BR-262 e BR-101 que até agora são só promessas; e a construção do lendário Porto de Águas Profundas que até hoje não saiu do papel.
Enfim, não faltam exemplos de prioridades que vão além do aeroporto, que já virou, inclusive, uma bandeira política. Mas a reflexão que fica é de que até quando vamos ter que esperar a solução para outros problemas. Parte da bancada capixaba foi renovada com as últimas eleições. A esperança que fica é de que a promessa (mais uma) de resolver os problemas do Estado não fiquem apenas no discurso e que seja de fato cumprida. A população já está cansada de esperar e ver as demandas virando palanque eleitoral.
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