Fracassa protesto no Espírito Santo contra Dilma Rousseff

Com a expectativa de reunir mais de 200 mil pessoas, o protesto organizado pelos movimentos Vem pra Rua e Brasil Livre contou com a adesão de pouco mais de 30 mil manifestantes em Vitória, neste domingo (2), de acordo com dados da Polícia Militar. Os números anteriores, do dia 15 de março, bateram na casa de 100 mil.

Para os organizadores no Estado, a quantidade de pessoas que foi às ruas atingiu a marcar de 40 mil, mas entre os próprios líderes do movimento há divergências e alguns, mais otimistas, chegaram a estimar a marca de 50 mil. As próprias divergências dentro do próprio movimento pode ser uma das causas do fracasso de público do protesto.

A sensação que ficou é de que havia muito cacique para pouco índio. O bate cabeça interno foi pode ser visto ainda no final do ato, na Praça do Papa. Um pequeno grupo, apesar de não ter o aval da maioria, seguiu em caminhada para a Praia de Camburi e levou com eles dois trios elétricos.

Do microfone, uma liderança dizia que os “rebelados” não representavam a maioria. Ficou evidente que existia ali um racha entre os próprios organizadores. E a população, que ainda está insatisfeita com o Governo Federal, desta vez preferiu ficar em casa ou acompanhar a manifestação do alto das sua “varanda gourmet”.

É inegável, no entanto, que o feriado em comemoração à Nossa Senhora da Penha bem no dia do protesto esvaziou a manifestação. Muitos devem ter deixado a insatisfação de lado e aproveitado para viajar no feriado prolongado. Mesmo com todos esses entraves, a organização decidiu manter o protesto e superestimar a adesão ao movimento em 200 mil, mesmo quando todos já sabiam que seria difícil atingir essa meta.

Outro ponto que deve ser observado nessa redução de pessoas no ato é o fato de que no primeiro protesto os capixabas já deram seu recado, revelaram sua indignação até com panelaço. Continuar nessa onda de manifestação todo mês fica cansativo e a impressão que se tem é de que essa é mais um modinha que vai passar como qualquer outra. Foi assim quando o “gigante acordou” em 2013 e agora dorme em berço esplêndido. O protesto que precisa ser feito agora é nas urnas.

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