Depois de ser alvo de investigação do Ministério Público Estadual, o procurador-geral da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Julio Chamun, teve suas gratificações suspensas. O anúncio do corte foi feito pelo presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), durante sessão realizada nesta quarta-feira. A medida foi tomada porque o procurador ocupa cargo comissionado e, em tese, não poderia receber o adicional por produtividade nos seus vencimentos. Com isso, o salário que hoje é de R$ 13 mil poderia atingir o teto máximo de R$ 33 mil permitido a um servidor público.
Na defesa
Muitos parlamentares têm feito duras críticas por terem seus projetos barrados pela Procuradoria. No entanto, alguns deles saíram em defesa de Chamun. O próprio Ferraço afirmou que confia no servidor. Já o líder do Governo, Gildevan Fernandes, foi mais enfático na defesa de Chamun.
Na própria carne
Segundo ele, a manobra é uma tentativa de desqualificar o trabalho da Assembleia e denegrir a imagem de seus servidores. Mas é como disse o presidente Theodorico Ferraço. Embora acredite na sua inocência, a Casa vai seguir a determinação do MPES, “doa a quem doer”.
Crise no Judiciário
A crise também chegou para os magistrados capixabas, acreditem. O presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), Sérgio Bizzoto, publicou uma resolução em que muda a data de pagamento do 13º salário para juízes e desembargadores. A partir de agora, o benefício será pago no mês de aniversário de cada um. Atualmente o dinheiro extra é pago no final do ano, o que causa uma dificuldade no caixa da Corte.
Jorge quer voltar
Parece mesmo que o ex-prefeito de Vila Velha Jorge Anders (PTB) quer concorrer à prefeitura em 2016. Ele e o ex-secretário de Esporte Alexandre Salgado (PRP), que também vislumbra o Executivo, estão de conversa para tentar viabilizar a formação de uma chapa majoritária.
E se não voltar?
O Tribunal de Justiça inocentou Anders de uma ação de improbidade e, com isso, pode ser que consiga viabilizar sua candidatura. Caso não tenha nenhum impedimento legal até a oficialização da chapa, o PTB deve apoiar Salgado. O jogo também pode inverter e o ex-secretário apoiar o ex-prefeito. Tudo vai depender de arranjos políticos.
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