Suspeita de “fantasma” abre guerra entre MPES e Assembleia Legislativa

Não demorou muito para a Assembleia Legislativa reagir às investigações do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) sobre as suspeitas de servidores fantasmas nos gabinetes de deputados estaduais. O tema foi tema dos debates durante a sessão desta segunda-feira. Primeiro-secretário da Mesa, Enivaldo dos Anjos (PSD) foi o mais exaltado diante das investigações comandadas pelo promotor Pedro Ivo, que por coincidência é irmão do deputado Sandro Locutor (Pros). Para Enivaldo, o processo é uma afronta e agressão ao Legislativo. “Já disse que o MPES precisa aprender a respeitar a Assembleia. Eles recebem auxílio-moradia e não tem moral para investigar servidor de outro poder”. Ele destacou ainda a suspeita de que a decisão do MPES tem cunho eleitoral. “Por que isso só apareceu agora?”. E disparou: “Se querem guerra, vão ter. Podem vir quente que estou fervendo. Quero ver se vai ter café no bule para aguentar o confronto”.

Autopromoção
Logo em seguida, a deputada Luzia Toledo (PMDB), que também é alvo das investigações, considerou um absurdo e disse que está tranquila. Segundo ela, o promotor quer se promover em cima dos deputados.

Defesa
Embora tenha iniciado seu discurso dizendo que não tinha procuração de Pedro Ivo e nem do MPES, Sandro Locutor rebateu as acusações. Segundo ele, todos os colegas tinham conhecimento das investigações, que foram iniciadas pela promotoria antes da gestão do seu irmão.

Ressaca
Um dia após a Câmara aprovar o processo do impeachment, uma bandeja de coxinhas (aquele salgadinho delicioso) foi servida em forma de protesto por um grupo de servidores de repartição pública no Estado. Ao ver a bandeja, uma petista soltou a frase: Nossa, que coisa indigesta!

Ao trabalho
Nunca na história recente os deputados federais trabalharam tanto como no processo do impeachment. Brasília nunca ficou tão cheia de parlamentares durante o fim de semana. O senador Ricardo Ferraço (PMDB) já fala em suspender o feriado de Tiradentes para a tramitação do impeachment no Senado. Ah se fosse sempre assim…

Prestígio
Durante a votação do processo do impeachment da presidente Dilma, o capixaba Marcos Pereira, líder nacional do PRB, foi o único dirigente partidário citado por quase todos os 22 deputados da legenda. Demonstrou que estava afinado com os filiados e que trabalhou bem os votos da sigla.

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