Gildevan tenta manobra, mas é pego de surpresa com votação na CPI dos Empenhos

Parece que o feitiço virou contra o feiticeiro. Embora tenha sido agendada pelo próprio deputado Gildevan Fernandes (PMDB), o líder do Governo não apareceu na sessão extraordinária para votar o relatório da CPI dos Empenhos nesta segunda-feira (20). Os colegas apontam que essa foi uma tentativa dele de evitar a aprovação do documento, que já teve pedido de vista em outras oportunidades. O que ninguém esperava, no entanto, é que com quórum os deputados membros da CPI aprovassem por unanimidade o relatório do deputado Euclério Sampaio (PDT). Na tentativa de reverter a decisão, Gildevan tentou marcar uma nova reunião extraordinária para anular a votação. Foi o estopim para um princípio de tumulto no plenário. Euclério acusou o líder de querer mandar na Casa e até lhe atribuiu o adjetivo de “imperador da Assembleia”. “Não cabe mais reunião alguma e peço que a Casa tome medidas para coibir essa postura”. O líder do governo, que foi pego de surpresa com a votação, diz que foi alvo de uma manobra e que se aproveitaram da sua ausência para votar o parecer.  Ele ainda tentou questionar a validade da reunião, convocada por ele mesmo, mas durante o encontro a votação foi autorizada pelos procuradores da Casa. Nos bastidores, o que se comenta é que havia uma tentativa de incluir o ex-governador Renato Casagrande (PSB) como um dos responsáveis por supostas irregularidades nas despesas do Governo.

Clima pesado
A relação do prefeito Geraldo Luzia, o Juninho (PPS), com o Legislativo está cada dia mais tumultuada. Na sessão desta segunda-feira, o vereador Messias Donato chegou a pedir a cassação do mandato do prefeito. Segundo o parlamentar, Juninho tem descumprido a Lei Orgânica do município.

Gritaria
Donato ficou exaltado em seu discurso, que foi ganhando coro com outros vereadores da oposição. No início a sessão estava vazia, mas como o tempo foi fechando, rapidamente os demais parlamentares foram chegando para acompanhar os trabalhos. O vereador lançou a ideia da cassação para sentir o termômetro da Casa e pelo jeito conseguiu aliados.

Disputa em VV
O blocão de partidos aliados para escolher um candidato a prefeito de Vila Velha dá sinais de que pode ruir e ficar dividido entre dois candidatos. Na próxima quarta-feira, o grupo volta a se reunir para tentar bater o martelo de quem será o escolhido. O deputado Hércules Silveira (PMDB) leva vantagem, mas ele ainda não decidiu se entra ou não na disputa. Caso seja confirmado, o PSDB e o PTC do ex-secretário Alexandre Salgado (PTC) já estariam de olho na vaga de vice na chapa.

Disputa que segue
O deputado Rafael Favatto (PEN) também tenta viabilizar seu nome como candidato do grupo, mas sem Hércules, ele esbarra na vontade de Salgado também querer ser o representante do blocão. A expectativa é de que em 10 dias já tenha uma solução para o impasse.

Puxão de orelha
Durante a sessão desta segunda-feira, o deputado Edson Magalhães deu um puxão de orelha no colega Marcelo Santos (PMDB). Durante votação, ele pediu que o peemedebista deixasse o cafezinho de lado para participar melhor das atividades no plenário.

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