Um dia histórico para o país nesta quarta-feira (31) para os brasileiros e para o mundo. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), primeira mulher eleita para comandar o país, caiu após a aprovação do seu impeachment no Congresso. Apesar de o processo ter seguido os trâmites estabelecidos pela Constituição, os petistas derrotados insistem na tese de golpe. No Espírito Santo, o discurso é reproduzido praticamente como um mantra. Para o deputado federal Hélder Salomão, o que ele chamou de golpe não é contra a presidente Dilma e nem contra um governo. “O golpe é contra o povo brasileiro”. A saída de Dilma sentencia o fim de uma era de governos administrado pelo PT justamente quando o país vai passar por eleições municipais. E nesse evento da democracia, é inegável que o Partido dos Trabalhadores vai sair enfraquecido e dificilmente vai conseguir eleger a maioria dos seus candidatos.
Golpe que segue
O líder do PT no Espírito Santo, Genivaldo Lievori, foi o mais exaltado e atirou para todos os lados. Disse que “traidores, conspiradores, grande mídia e corporações internacionais se uniram para tirar a primeira mulher eleita presidenta do Brasil” para proteger os verdadeiros corruptos. Mas em sua nota, nenhuma palavra sobre as pedaladas de Dilma durante seu governo e muito menos o maior esquema de corrupção na Petrobras já visto na história do país descoberto durante a operação Lava Jato.
Discurso do medo
Genivaldo ainda afirma que o novo Governo vai acabar com as conquistas sociais dos últimos anos e vai “entregar as riquezas naturais do país”. E ainda convoca a militância para “defender os direitos da maioria da população brasileira”.
Era PT
O senador Magno Malta (PR), que comemorou antecipadamente o impeachment de Dilma, não ficou muito satisfeito com o resultado da votação no Senado, embora tenha feito festa com o impeachment. O que não deixou o parlamentar completamente feliz foi o fato dos colegas não terem barrado o direito da petista de exercer as funções públicas. “Mas não ficarei calado”, disse Magno.
Balanço I
Com Temer finalmente empossado como presidente do Brasil, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, fez um balanço tempo que está no posto. Embora com apenas quatro meses, ele lista uma série de conquistas. “Foram dias de muitas horas de trabalho e poucas de descanso em 386 agendas registradas”, disse.
Balanço II
Ao assumir o cargo, Pereira, junto com sua equipe, lembra que fez um plano de ações rápidas para destravar o setor produtivo brasileiro, especialmente no âmbito das obrigações acessórias. “Não se trata de um “plano de salvação” ou pacote de bondades, mas sim melhorar de forma permanente a relação do empresário com o Estado”.
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