Militares à disposição de deputados vira questionamento na Assembleia Legislativa

O episódio em que o carro do deputado estadual Marcelos Santos foi alvejado por tiros no último dia 18 de outubro trouxe à tona duas questão que muitos parlamentares agora dizem que não conheciam: as funções dos militares da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) e o suposto vínculo que alguns deles têm com gabinetes. Isso porque Marcelo Santos estava sob segurança, no dia do suposto atentado, de um desses militares, que custam cerca de R$ 600 mil anuais aos cofres públicos. Em discurso na Ales na manhã desta quarta-feira (26), Sandro Locutor (PROS), membro da Comissão de Segurança, disse que nem ele sabia desse possível vínculo. “Vieram me perguntar sobre os militares. Eu não soube responder porque não tinha essa informação apesar de ser membro da Comissão de Segurança desta Casa. É lamentável que algumas coisas ocorram e que algumas pessoas estejam à disposição de deputados”, disse no Plenário. Se nem mesmo os próprios parlamentares sabem da função dos militares na Ales e de até que ponto vai – e pode ir – seus vínculos com gabinetes, que dirá a sociedade… Falta – muita – transparência nessa história.

Respostas

Sandro Locutor também aproveitou a fala para cobrar a elucidação do suposto ataque contra Marcelo Santos. Segundo o deputado, é fundamental que os fatos sejam esclarecidos antes do dia 30 de outubro, para que não se dê conotação de “crime eleitoral” ao episódio. O mesmo foi cobrado pelo prefeito Juninho (PPS) no debate de Cariacica promovido pela Rede Vitória na última segunda-feira (24).

Frente de apoio

Marcelo garante que tem o apoio de 11 deputados nestas eleições municipais. São eles: Gilsinho Lopes (PR), Bruno Lamas (PSB), Euclério Sampaio (PDT), Hudson Leal (PTN), Erick Musso (PMDB), Hércules Silveira (PMDB), Edson Magalhães (DEM), Raquel Lessa (PSD), Gildevan Fernandes (PV), Enivaldo dos Anjos (PSD) e Dary Pagung (PRP).

Feliciano no ES

Vereador eleito em Vila Velha com 2,7 mil votos, Reginaldo Almeida (PSC) convidou o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC) para um culto de ação de graças no próximo dia 7 de novembro, às 19h, na igreja Assembleia de Deus de São Torquato. O vereador garante que será um culto estritamente religioso. “O cunho é o culto”, garante ele.

PEC da Esperança X PEC do Fim do Mundo

Sem supresas, a bancada capixaba votou, em sua maioria, pela aprovação da PEC 241 nesta terça-feira (25), que congela os gastos públicos inclusive em áreas sociais por 20 anos. Foram favoráveis Mannato (SD), Jorge Silva (PHS), Evair (PV), Lelo (PMDB) e Marcus Vicente (PP). Votaram contra Helder Salomão (PT), Givaldo Vieira (PT) e Sergio Vidigal (PDT).

Cuma?

Evair defendeu, em seu discurso no Plenário da Câmara, que não houvesse teto para saúde, educação e agricultura. Cortado por Rodrigo Maia (DEM), presidente da Casa, Evair não conseguiu concluir seu discurso e depois votou sim pela PEC, que estabeleceu teto para tudo.

Não à PEC

Givaldo também foi ao microfone e defendeu que a PEC, da forma como estava, favorecia os ricos em detrimentos dos mais pobres, que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) e da escola pública.

Contra a galeria

Carlos Mannato, que por alguns momentos presidiu a discussão da PEC na Câmara, disse que vários jovens o procuraram nas redes sociais para pedir voto contrário à PEC. Entretanto, segundo o deputado, quando eram perguntados sobre o projeto, esses jovens não saberiam responder. Ao final de sua fala, que recebeu protestos de pessoas que estavam na galeria da Câmara, Mannato soltou: “Para mim as vaias de vocês são aplausos”.

Irado

Incansável de fazer aquela discussão de que tudo é culpa do PT, Mannato defendeu no Facebook que a PEC 241 é solução para o Brasil, que não deve acreditar em “petralhas”. Depois fez selfie com Joao Doria e postou nas redes com os seguintes dizeres: “o prefeito que derrotou o PT em São Paulo, Dória, empresário bem sucedido e ficha limpa”.

Bem

Depois de ter sido várias vezes remarcada, finalmente aconteceu a cirurgia do deputado federal Paulo Foletto (PSB), que por isso não compareceu à votação da PEC na Câmara. O procedimento foi realizado para retirar um tumor benigno localizado na medula. Ainda nesta quarta-feira (26), Foletto irá para o quarto onde ficará sob análise da equipé médica. A coluna deseja uma boa recuperação ao parlamentar.

Em campanha

Já Max Filho (PSDB) não foi a Brasília votar contra ou a favor à PEC 241. Durante a terça-feira, cumpriu normalmente sua agenda de campanha, que incluiu caminhadas por bairros, feiras livres e reuniões com alguns setores.

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