Por Weverton Campos ([email protected])
O meio político tem dito, desde o fim do segundo turno das eleições municipais, que Luciano Rezende (PPS), Max Filho (PSDB), Audifax Barcelos (REDE) e Juninho (PPS) estão todos credenciados a alçar voos maiores por conta da vitória que obtiveram nas urnas, apesar do perrengue e tanto que tiveram de enfrentar. Luciano só teve 4.424 votos a mais do que Amaro Neto (SD); Audifax 5.295 a mais do que Sergio Vidigal (PDT-ES) e Juninho (PPS) 8.775 a mais do que Marcelo Santos (PMDB). Levando em conta a quantidade de eleitores nesses municípios, é possível considerar que a vitória foi por uma margem pequena. Imersos agora na agenda metropolitana, que parece finalmente sair do papel, os prefeitos eleitos e reeleitos têm se encontrado com certa frequência. Até as diferenças acumuladas entre Luciano e Juninho teriam sido colocadas por terra. As movimentações, que ganharam a adesão do prefeito de Viana, Gilson Daniel (PV), e que já começam a incluir Edson Magalhães (PMDB), prefeito eleito em Guarapari, chamam a atenção para um suposto novo polo político, alheio à polarização formada por grupos aliados a Renato Casagrande (PSB) e ao governador Paulo Hartung (PMDB).
Não e sim
Gilson Daniel, que se movimenta a todo vapor para ser escolhido o novo presidente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes) e que deve se candidatar a deputado federal em 2018, afirma que nenhuma discussão política tem sido feita no grupo. “Esse grupo não é para discutir política, mas melhorias para a região. Está fora da questão política. Temos ideologias diferentes e a discussão é técnica. Claro que são políticos que se reúnem, mas está fora”, minimiza o prefeito de Viana. Juninho inicialmente também desconversa e diz que não vê o grupo como um novo polo político “porque não pode deixar atores de fora desse debate”. Quem Geraldo Luzia Júnior chama de atores são justamente Renato Casagrande, aliado de Luciano, e Hartung, seu aliado. Para o prefeito de Cariacica, eles não podem ficar de fora de qualquer conversa política que ocorra no grupo, apesar de agora não haver essa intenção. Todavia, Juninho não descarta a possibilidade. “Isso pode no futuro virar algo que dê essa conotação? Até pode. Porque estamos discutindo eleições o tempo inteiro. Mas agora realmente não há a mínima intenção”, declarou.
Antecedência
O deputado estadual Amaro Neto (SD) exalta o fato de que, ainda antes do resultado das últimas eleições municipais, já pensava na agenda da Região Metropolitana junto a Marcelo Santos e Sergio Vidigal.
Mais fortes
Os boatos que dão conta de que Neucimar Fraga (PSD) irá assumir a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) estão cada vez mais fortes. “Não houve nenhuma conversa oficial, nenhum convite. São mais comentários de pessoas que frequentam a Assembleia e governo. Mas se o convite for feito me sentiria honrado em compor a equipe do governador”, garante Neucimar.
Dobradinha
Em certo momento da sessão vespertina da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (8) houve dobradinha capixaba quando o deputado federal Sergio Vidigal discursou em homenagem aos 460 anos da Serra, já que o presidente naquele momento era Carlos Mannato (SD). “Representei como prefeito por três mandatos, estou representando aqui nesta Casa, honrando meu compromisso, lutando pela cidade que precisa superar seus novos desafios”, discursou o parlamentar.
Registro
Em resposta à coluna anterior, que trata do silêncio da bancada capixaba nas redes sociais acerca da manutenção de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado, o deputado federal Givaldo Vieira (PT) informou que se manifestou sobre o episódio. No Twitter, rede com bem menos expressão do que o Facebook, o parlamentar afirmou que “o acordo espúrio para manter Renan na presidência do Senado já havia sido divulgado cedo”, referenciando uma reportagem do jornal Folha de São Paulo.
Presidência em Aracruz
Com a inclinação de Paulo Flavio (PRB) a disputar a presidência da Câmara Municipal de Aracruz, assim como Alcântaro Filho (REDE), a busca pelo consenso e a candidatura única parece mais distante. O prefeito Jones Cavaglieri (SD), que não estaria disposto a abrir mão de um vereador da base aliada no comando da Casa, pode entrar na conversa para dar unidade ao bloco em torno do redista ou apresentar outro nome. Ao menos seis vereadores, dos 16, já teriam declarado apoio a Alcântaro.