Por Weverton Campos ([email protected])
Descontente com a decisão da direção nacional do PT em liberar os parlamentares a votar em qualquer candidato às presidências da Câmara e do Senado, o deputado federal Givaldo Vieira (PT-ES) abriu fogo contra o próprio partido. Em nota de repúdio, Givaldo afirma que o resultado da votação do diretório nacional que culminou em liberar os deputados e senadores a votar em qualquer um [de 45 a 30 votos] é uma “incoerência absurda com a militância” e com todos os filiados que lutam contra o “golpe parlamentar” e suas “consequências” para a sociedade. No texto, o parlamentar capixaba ainda adota um tom de otimismo, ao dizer que a decisão poderá ser revertida no próximo dia 1º de fevereiro, quando acontece a última reunião das bancadas antes do pleito.
Quem dá mais?
Inicialmente, esperava-se que o PT apoiasse o deputado André Figueiredo (PDT-CE), único candidato à presidência da Câmara que representa alguma oposição ao governo de Michel Temer (PMDB). Além do PDT, André poderia sair fortalecido com a adesão de bancadas de partidos como PT, Psol, Rede e siglas menores de esquerda. Entretanto, o interesse em cargos teria falado mais alto para o partido de Lula, algo que Givaldo Vieira deixa claro em sua nota de repúdio. “Contamos com o envolvimento, debate e pressa da militância para que o PT acerte sua posição e não se submeta a acordo mesquinho”, diz.
Incoerência
Ao liberar sua bancada para votar em outros candidatos à presidência da Câmara, que não André Figueiredo, o PT ignora completamente o fato de Jovair Arantes (PTB-GO) ter sido o relator do processo de impeachment da então presidente da República Dilma Rousseff (PT) e de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ser o braço direito de Temer na Câmara. A indignação da estrela vermelha com os ditos “golpistas” parece ter durado só enquanto era conveniente.
Casagrande 2018?
Em evento do PSB, o presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande (PSB), afirmou que o partido terá um candidato ao governo do Estado em 2018. Resta saber se será mesmo ‘Casão’. Dizem que ele estaria tentado a disputar o Senado contra o governador Paulo Hartung (PMDB), caso esse realmente não queira a recondução ao Palácio Anchieta e dispute as vagas ocupadas atualmente por Magno Malta (PR-ES) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
Pedido
Depois de pedir a Michel Temer para não sucumbir à pressão de “figuras” que querem a descriminalização da maconha no Brasil, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Magno Malta pediu à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, que acumule a relatoria dos processos da operação Lava Jato no âmbito da Suprema Corte.
Mudança
Com a morte de Teori Zavascki na última quinta-feira (19), então relator da Lava Jato no STF, o natural é que o próximo ministro indicado pelo presidente da República assuma a função. Zavascki estava prestes a homologar delações premiadas que aterrorizam a classe política. Agora, parece que quem tem culpa no cartório deve ganhar mais tempo nas sombras da corrupção.
Chegou chegando
Presidida pela vereadora Dona Arlete (PSL), a Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres da Câmara Municipal de Vila Velha já expediu três ofícios ao prefeito Max Filho (PSDB). No documento, o grupo pede informações acerca da Subsecretaria de Política para as Mulheres, o Conselho Municipal da Mulher e do Centro de Referência Especializado em Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica.