“Não tenho obrigação de ser candidato a governador”, diz Renato Casagrande

Por Weverton Campos ([email protected])

Após afirmar num recente evento do PSB que o partido deseja ter candidato ao governo do Estado em 2018, o presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande (PSB), afirmou à coluna que não há nada decidido sobre quem irá para a disputa, citando os deputados estaduais Freitas e Bruno Lamas, o deputado federal Paulo Foletto e o ex-prefeito de São Mateus, Amadeu Boroto, como possíveis candidatos ao Palácio Anchieta. Questionado se não estaria certo de que ele é quem irá para a disputa, Casagrande afirmou que o martelo só será batido mesmo no ano que vem. “Pode ser que o meu nome seja o mais conhecido e que tenha recall melhor [entre os citados anteriormente], mas não tenho obrigação de ser candidato a governador”, declarou. Segundo o socialista, a escolha depende, além da própria vontade individual, da prospecção de parceiros. “Se o partido não conseguir aliados, não tem como”, diz Casagrande, reiterando que o PSB tem interesse em lançar candidatos à Câmara e ao Senado.

Aliança com Rose de Freitas

Com a iminente possibilidade da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) disputar o governo do Estado, a coluna perguntou a Casagrande se uma aliança com a parlamentar seria possível. “Nós temos uma boa relação. Rose é uma pessoa que tem capacidade de assumir o governo do Estado”, afirma. Segundo o socialista, que pontuou semelhanças entre o seu perfil político e o da senadora, tudo é possível. “Minha relação [com Rose] primeiro está baseada em uma identidade municipalista e isso pode se transformar num projeto eleitoral”, cogita. Tanto Rose de Freitas quanto Renato Casagrande são conhecidos, e fortes, no interior do Estado por nutrirem boa relação com os prefeitos.

Sem mandato

Ao cogitar N possibilidades, de ser candidato ao governo, deputado federal ou senador, Casagrande não poderia deixar de completar a tabela. “Posso não ser candidato a nada”, declarou em um dos momentos da conversa.

Mais dois

O blocão suprapartidário que trata da composição das comissões da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) e é liderado pelo vice-líder do governo na Casa, Erick Musso (PMDB), ganhou a adesão de mais dois deputados estaduais nesta terça-feira (24): Sergio Majeski (PSDB) e Eustáquio de Freitas (PSB). Com isso, já são 25 assinaturas. Marcos Bruno (REDE), Hudson Leal (PTN), Eliana Dadalto (PTC), Rafael Favatto (PEN) e Rodrigo Coelho (PDT) são os parlamentares que ainda não manifestaram apoio ao grupo.

Prazo

Erick Musso acredita que até quinta-feira (26) o mapa das comissões esteja fechado, para que as conversas sobre a nova Mesa Diretora finalmente aconteçam com mais clareza e ele possa se pronunciar.

Candidatos

Até então, tanto Erick quanto Theodorico Ferraço (DEM) negam veementemente que têm interesse na presidência da Ales. “Não estou preocupado com Mesa Diretora [neste momento], mas com o fechamento das comissões. Meu papel é muito claro, que é dar governabilidade, tranquilidade para o Plenário e uma convergência com menor fissura possível para as comissões”, garante Musso, que teria todo o apoio do Palácio Anchieta.

Reunião indicatória

Além de Favatto, o governador Paulo Hartung (PMDB) também se reuniu com Luzia Toledo (PMDB) e Raquel Lessa (SD) na última segunda-feira (23). Ambas as deputadas irão votar na presidência da Ales conforme indicar o Palácio.

Emendas

A maior parte das emendas parlamentares de 2017 da deputada Raquel vão para a Saúde (R$ 811 mil). O restante do valor será dividido entre Agricultura (R$ 134 mil), Assistência Social (R$ 105 mil), Esporte (R$ 80 mil), Cultura (R$ 30 mil), Desenvolvimento (R$ 25 mil) e Infraestrutura (R$ 15 mil).