Acostumados com as poucas vezes em que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) pisou no Espírito Santo, diferentemente do antecessor do PT, os capixabas veem mais uma vez um certo ar de descaso do governo federal. Mesmo diante da grave crise na segurança pública do Estado, o presidente Michel Temer (PMDB) nada disse a respeito do assunto, que desde o início da semana estampa jornais e telejornais do Brasil e do mundo. É certo que Temer autorizou a vinda da Força Nacional e do Exército para amenizar a explosão da violência, mas permanecer calado diante de um conflito que pode ganhar a Nação – como já ameaçam policiais do Rio de Janeiro e Minas Gerais – não parece a melhor conduta a ser tomada pelo chefe do Executivo nacional.
Crítica
“Alguém viu o ‘ilegítimo’ ao menos se pronunciar sobre o caos que os capixabas vivem?”, ironizou o deputado federal Givaldo Vieira (PT-ES).
Contraversão
O governador Paulo Hartung (PMDB) afirmou na noite desta quinta-feira (9) que o salário da Polícia Militar do Espírito Santo não é o pior do país, mas o décimo maior.
Contraversão II
Disse ainda que os policiais não estão há sete anos sem aumento e que, nesse período, eles tiveram 38% de reajuste.
Pressão
A Polícia Civil, por meio do Sindicato dos Policiais Civis do estado (Sindipol/ES), deu duas semanas para o governador atender sua pauta de reinvindicações. Caso contrário, ameaça entrar em greve.
Pedidos
Integram a pauta incorporação da escala especial, recomposição salarial, nível superior para o cargo de agente de polícia e a disponibilidade do HPM para policiais civis.
Urgência
Os vereadores da Serra pastor Ailton (PSC), Nacib Haddad (PDT), Aécio Leite (PT) e Fabio Duarte (PDT) pediram ao prefeito Audifax Barcelos (REDE) que decrete estado de emergência. Segundo eles, a cidade mais populosa do Espírito Santo precisa de mais homens do Exército e da Força Nacional.
Reconhecimento
O pastor, no entanto, reconhece que a nomeação de cerca de 50 guardas para ocupar as ruas da Serra foi “um começo”.
Sem expediente
A sexta-feira (10) será mais um dia de expediente suspenso na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). Segundo o Legislativo estadual, a medida foi adotada pela Mesa Diretora com o objetivo de resguardar a segurança dos servidores e cidadãos que frequentam o prédio.
Sem expediente II
Também não haverá expediente nas prefeituras de Vila Velha, Viana e Cariacica. Em Cachoeiro, as secretarias e autarquias municipais irão manter ao menos o expediente interno.