Colnago diz que acolhe decisão de saída do PSDB do Governo Federal

O fim da indecisão no PSDB, sobre deixar ou ficar no Governo, acabou nesta quarta-feira (29). O anúncio foi feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que completou que que ministros do partido podem permanecer nos cargos. Sobre a saída já esperada dos tucanos da base aliada de Michel Temer, o presidente estadual da sigla, vice-governador César Colnago disse que “acolhe a decisão do partido, e que inclusive é a posição da majoritária do PSDB no Espírito Santo”. Colnago seguiu dizendo que a sigla vai manter as relações com o Governo Federal para defender os interesses da população capixaba e que continua “apoiando as reformas”.

Entusiamo com Alckmin 
César Colnago ainda se manifestou sobre a confirmação do nome de Geraldo Alckmin para o comando da Executiva Nacional do PSDB. “Recebo com entusiasmo a confirmação de que Geraldo Alckmin deverá ser o candidato único a presidente nacional do partido. Defendi o nome de Geraldo como candidatura de consenso desde o início do processo. Empenhei-me pessoalmente na articulação desta decisão, logo após ter sido eleito presidente do PSDB capixaba. Estive em Brasília e em São Paulo, conversando com Fernando Henrique, lideranças nacionais e colegas de partido. Geraldo é um quadro dos mais qualificados para liderar o PSDB nacionalmente, tanto pela experiência, quanto pela capacidade de articulação e união”, declarou Colnago.

O que antecede a vinda do Ciro
A vinda do presidenciável Ciro Gomes ao Espírito Santo, no dia 9 de dezembro pode até ser o principal assunto dentro do PDT capixaba. Mas, o que ficou mais latente nas últimas semanas, pra quem está do lado de fora da caixinha pedetista, foi a insatisfação declarada de duas importantes lideranças da sigla: os deputados estaduais Euclério Sampaio e Josias Da Vitória. O presidente do PDT-ES, deputado federal Sérgio Vidigal conversou, com exclusividade, com a Coluna, e não deixou nenhuma pergunta sem resposta. Euclério, por exemplo, para Vidigal, é assunto vencido.

Euclério e o PSB
Euclério Sampaio aguarda a homologação por parte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), de seu pedido de desfiliação do PDT. Sobre o ex-colega de partido, Vidigal não fez muitos comentários. Apenas disse que o assunto está resolvido. O partido não vai pleitear a cadeira de Euclério na Assembleia Legislativa, e o já quase ex-pedetista está desembarcando no PSB, de Renato Casagrande.

Da Vitória fica no PDT
Sérgio Vidigal falou sobre a Convenção Estadual do PDT, que foi antecipada em virtude do movimento da Executiva Nacional em torno da pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. O encontro marcado para 9 de dezembro pode enfrentar intempéries, caso o deputado Da Vitória insista num embate com Vidigal para comandar o partido. No entanto, segundo Vidigal, em conversa com Josias nessa segunda-feira (27), o deputado estadual disse que não vai registrar chapa para a presidência. Sérgio Vidigal disse quer que Da Vitória fique no PDT e que o partido vai trabalhar sua candidatura à Câmara Federal.

Grupo de elite
Chapas para a composição do novo diretório do PDT podem ser registradas até o quinto dia útil antes da Convenção Estadual. Com o novo diretório eleito, pode ser que no mesmo dia 9 a Executiva Estadual da sigla seja eleita. E desse grupo podem participar o deputado estadual e atual líder do governo na Assembleia Legislativa, Rodrigo Coelho e o ex-deputado Luiz Durão. Ainda esta semana, Vidigal vai conversar novamente com Da Vitória para deixar tudo às claras para a Convenção.

Rodrigo construtor
Rodrigo Coelho, aliás, é uma das lideranças preferidas de Vidigal. “Eu gosto muito dele. Ele constrói o partido. Traz novos filiados, e embora seja o atual líder do governo na Assembleia, não há interferências do Palácio nessa construção da sigla”, disse Vidigal. Sérgio lembrou que o PDT é o 2º maior partido em número de filiados no Estado e que intervenções externas não fazem parte desse resultado.

Fundo para Ciro
O palanque para Ciro Gomes é o tema central do PDT capixaba nos próximos meses. “O principal é eleger o Ciro presidente. Não estou preocupado com a minha candidatura. Tenho 29 anos de PDT, mas não uso isso para minhas eleições e sim para o crescimento do partido”, destacou Vidigal. Aliás, a agenda de Ciro no ES deveria ser mais extensa. No entanto, segundo Sérgio, como Ciro viaja em aviões de carreira os horários são apertados e a sigla estuda uma forma de levantar um fundo para custear as viagens de Ciro Gomes pelo Brasil, nessa pré-campanha. “Pensamos em algo como vender convites para suas palestras, assim, ele teria como arcar com as despesas das viagens pelo País, pois a agenda apertada é difícil de ser ajustada em voos comuns”, concluiu Vidigal.