Sabatina de Manato
A coluna vem repercutindo as entrevistas feitas no Jornal da TV Vitória e também no jornal on line Folha Vitória (estas últimas transmitidas ao vivo também pelo facebook) com os candidatos ao governo do estado. Na quinta-feira, Carlos Manato (PSL) foi sabatinado. Médico, Manato mostrou conhecer os problemas da saúde pública, e apresentou como proposta a realização de mutirões regionais para desafogar a demanda por atendimento no interior.
Sabatina de Manato II
Na educação, negou que criar escolas militarizadas seja uma prioridade dele e de Bolsonaro – o candidato do partido à presidência. Apesar disso, há registros de várias declarações de Bolsonaro dizendo que, se eleito, vai construir uma escola militar em cada capital do país. Por aqui, Manato aposta em dar continuidade ao projeto do Escola Viva, que disse ser “um projeto excelente”. Na segurança pública, defendeu que seja dada isonomia de tratamento aos PMs acusados de envolvimento na greve de 2017. “É uma questão federal, eu fiz o projeto de lei pedindo anistia, porque em outros 21 estados houve situação semelhante e a anistia foi dada, então é uma questão de justiça”, disse.
Sabatina de Casagrande
Já Renato Casagrande centrou foco na experiência de gestor (foi governador entre 2011 e 2014) para passar o recado de que com ele haverá mais equilíbrio e estabilidade. Equilíbrio fiscal, inclusive, já que refuta veementemente as críticas feitas pelo atual governo, de que teria deixado o caixa com despesas superiores à receita. “Em 2014 só nós e Pará recebemos nota A do Tesouro Nacional”. De forma até certo ponto surpreendente, Casagrande “dourou a pílula” ao falar do Escola Viva. Disse que o nome é marketing, o projeto não, e que vai dar continuidade a ele. “O que eu critico é a forma de implantar o projeto, sem diálogo com os professores, sem diálogo com a comunidade escolar”.
Sabatina de Casagrande II
O candidato do PSB disse ainda que não vai terceirizar a assistência técnica rural, ao menos para o pequeno produtor, que vai manter o projeto Ocupação Social, mas dentro do programa Estado Presente, “que era muito mais abrangente e será retomado”, e que pretende fortalecer as relações institucionais com a Polícia Militar, dando garantias de que a corporação terá condições de desenvolver bem o seu trabalho. Na saúde, Casagrande não descarta o modelo de terceirização, e garante ser possível abrir mais leitos e melhorar o serviço de atendimento do SUS.
Mani Pulite
Tanto Manato quanto Casagrande disseram ainda que o cidadão capixaba pode confiar neles porque são “mãos limpas”. Manato frisou ter votado pelo impeachment de Dilma, pela cassação de Eduardo Cunha e pela abertura de processo contra Michel Temer, além de não ter o nome citado em nenhuma delação da Lava-Jato. Casagrande não pode dizer o mesmo, já que um delator da Odebrecht citou o nome dele. Na delação, um dos superintendentes da construtora, Sérgio Neves, afirmou que teria repassado a um aliado de Casagrande R$ 2,3 milhões para campanhas em 2010, 2012 e 2013. Em sua defesa, ele disse que pediu dinheiro, mas dentro da legalidade. A legislação eleitoral então permitia o financiamento empresarial. Quanto ao delator, segundo Casagrande, “era uma pessoa que se encontrava presa, nem sei se está mais, e que falou aquilo, ainda não há uma investigação, e quando houver vamos esclarecer que não houve nada ilícito”. Ao final da sabatina, ele reiterou que não tem “mancha” em sua história política.
Mulher laranja não
A Procuradoria Especial da Mulher na Assembleia Legislativa, em parceria com a Comissão da Mulher Advogada da OAB/ES, lançam nesta segunda-feira, 17 de setembro, a campanha #NãoSejaLaranja. O objetivo é conscientizar mulheres a não aceitarem se candidatar a um cargo político apenas para cumprir a exigência de cota feminina prevista na legislação eleitoral. A presidente do órgão, deputada Janete de Sá, promete também fiscalizar as eleições para garantir a representatividade feminina na política.O lançamento da campanha será às 18h, no auditório Hermógenes Lima da Fonseca, no pilotis da Assembleia Legislativa.
Subtenente Assis e a espiral do silêncio
Em um grupo de whatsapp que reúne políticos, assessores e jornalistas de veículos de comunicação, o candidato ao Senado pelo PSL, Subtenente Assis, pôs em dúvida a confiabilidade dos resultados das pesquisas de opinião. Questionado pela coluna, Assis diz não se tratar de desacreditar os institutos, e usa a teoria da espiral do silêncio para defender o que afirma.
Subtenente Assis e a espiral do silêncio II
A teoria foi apresentada em 1977 pela pesquisadora alemã Elisabeth Noelle-Neumann, após um candidato que aparecia sempre em terceiro lugar nas pesquisas vencer a eleição presidencial por lá. Em suma, o conceito é o de que, de um modo geral, as pessoas têm vergonha de parecer estar contra a corrente e tendem a concordar com a a maioria em público, ainda que em particular cultivem outra opinião. O candidato acredita que Bolsonaro vença em primeiro turno, e nutre expectativa de que possa haver mudança também na eleição de senador.
Vereador de Vitória aprova projeto em Guarapari
O vereador de Vitória, Davi Esmael (PSB), conseguiu uma proeza. Foi até Guarapari para defender um Projeto de Lei que seria votado na Câmara local, de autoria da vereadora Rosângela Loyola (PDT), e que tinha sido vetado pelo prefeito. Usou a tribuna, argumentou e persuadiu o plenário a derrubar o veto e transformar o PL em lei municipal.
Vereador de Vitória aprova projeto em Guarapari II
Essa defesa apaixonada se justifica porque Davi é autor de uma lei semelhante, e que trata da garantia de pais de alunos da rede pública de participar da criação da grade curricular. Segundo ele, o Estatuto da Criança e do Adolescente garante, no artigo 53, parágrafo único, que “é direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais”.