PH de olho na política nacional

Hartung mira projeção nacional

Seguindo a trilha erguida à foice ao longo do “trecho” percorrido na política, o governador Paulo Hartung (sem partido) consolida a imagem de figura pensante que construiu junto à imprensa e à centro direita nacionais, embalado pelo cenário político-econômico atual. Avançou perseverante em caminho estreito e sinuoso, nunca em linha reta, qual tropeiro no lombo do burro mata adentro e montanha acima. Ao anunciar a saída da política partidária, recomeça a busca do sonho – que acalenta há anos – de ter papel de destaque na política nacional. Sonho interrompido bruscamente em 2017, na ante-sala da crista da onda, de onde caiu para o pesadelo da greve da PM, do qual, enfim, parece ter saído.

Presença constante

Além de contatos frequentes com Luciano Huck acerca do movimento RenovaBR, várias participações de Hartung em eventos promovidos por institutos, fundações e afins com ligações ideológicas ao liberalismo moderado tem acontecido com frequência nos últimos meses, além de citações elogiosas da mídia nacional. Na próxima quinta, dia 22, ele vai para mais um desses eventos, desta vez em São Paulo, bancado pelo BTG Pactual. PH fará palestra com o tema Perspectivas e desafios do Brasil.De quebra, dá entrevistas às revistas Exame e Infomoney. Vai seguindo a trilha e costurando o protagonismo que almeja para o futuro próximo.

Precatórios da trimestralidade suspensos

Por decisão do Conselho Nacional de Justiça, após pedido do desembargador do Tribunal de Justiça do ES, Pedro Valls Feu Rosa, o processo sobre o pagamento dos precatórios que corrigem perdas salariais com o reajuste do IPCA dos servidores públicos do ES, conhecidos como precatórios da trimestralidade, foi suspenso. A medida foi tomada em função da lei estadual (que data de 1987) que estabeleceu a reposição das perdas ter sido considerada inconstitucional.

Recalcular

O calcanhar de Aquiles é o método de cálculo das reposições, considerado fora da realidade e que gerou um passivo de R$ 14 bi aos cofres estaduais. Cerca de 20 mil servidores (professores, policiais civis e militares, entre outros) que ingressaram na Justiça são beneficiários dos valores, que agora serão revistos para baixo. A Procuradoria Geral do Estado comemora a medida e acredita que os valores devem cair para algo entre 3% e 1% do total.

Foto da coluna: Leonardo Duarte/Divulgação