Os desafios de Casagrande

Um outro cenário
Renato Casagrande tomou posse oficialmente como governador do Espírito Santo com um desafio principal, entre tantos que vai encarar daqui pra frente. Equilibrar, na prática, o discurso de governar com cautela financeira e entregar à população as ações que ela exige do Poder Público – inclusive as que, nas palavras dele, teriam sido negligenciadas pela gestão anterior, a qual foi bastante criticada nas falas do novo governador, tanto na Assembleia Legislativa quanto no Palácio Anchieta.

Confira as respostas do governador à Coluna Bastidores durante coletiva após a cerimônia de posse:

 

Musso digital

Na cerimônia na Ales, chamou atenção o discurso do presidente Erick Musso (PRB), lido direto do celular. Ao comparar com o calhamaço de papel que trazia nas mãos, Casagrande fez graça dizendo que não é jovem como Erick, mas também navega bem na era digital. A preferência pelo papel, segundo ele, é por causa das letras grandes que evitam o uso dos óculos – que entregariam ainda mais a idade.

Ascensão de Assumção

Denunciado na Justiça por suposto envolvimento na greve da PM de 2017, o agora deputado estadual eleito Capitão Assumção (PSL) deu um tapa de luva nos adversários. Com pompa e circunstância, foi um dos oficiais da PM a recepcionar Casagrande na porta de entrada do Palácio Anchieta.

Ausência
Uma ausência notada nas duas cerimônias de posse foi a do presidente do Tribunal de Contas do Estado, o fiel aliado de Paulo Hartung, Sergio Aboudib.

Protocolar
Já o agora ex-governador Paulo Hartung (sem partido) não fez questão ir além do que exigia o protocolo. Entrou no salão São Thiago acompanhado da ex-primeira dama Cristina Gomes e, sempre com um ar de seriedade, procedeu aos ritos de praxe, entregou a faixa e ausentou-se na primeira ocasião. Agora é acompanhar o desenrolar do novo governo.

Foto da Coluna: Thaiz Blunck / Folha Vitória