Jogo de cartas marcadas

Eleição?

Nesta terça-feira, os 30 deputados estaduais cumprem determinação da Constituição Federal e “elegem” novo conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCEES) para a vaga aberta com a aposentadoria de Valci Ferreira. Condenado em segunda instância por corrupção, Valci requereu a aposentadoria, e foi pronta e rapidamente atendido pelo IPAJM, o instituto de previdência do Estado. O que renderá ao agora ex-conselheiro proventos de mais de R$ 20 mil/mês.

Eleição II

O “elegem” da nota anterior veio entre aspas porque, de fato, não se trata de uma eleição no sentido literal do termo. Está mais para uma homologação do nome simpático ao governador Renato Casagrande (PSB), o do farmacêutico Luiz Carlos Ciciliotti, que tem longa relação de amizade com o primeiro, e compõe há anos os quadros históricos do PSB.

Recuo

A “mão forte” do Governo do Estado tratou de impor a “candidatura” de Ciciliotti, limpando os trilhos de eventual resistência na Assembleia. Que era representada pelo grupo do presidente Erick Musso (PRB), ancorada na candidatura de Marcelo Santos (PDT). Após articulação de Casagrande, houve um “prudente recuo”.

Resistência

O que restou foi a abnegação dos auditores de contas do TCEES, que mais uma vez levantam solitários a bandeira da transparência na escolha dos conselheiros de contas, pedindo exatamente o fim das indicações políticas. Ofereceram lista tríplice,  que deve ser solenemente – ou nem tão solenemente assim – ignorada pelo plenário da Ales. Os nomes técnicos são os de Alexsander Binda Alves, Odilson Souza Barbosa Júnior e Holdar de Barros Figueira Netto.

Do Val empolgado

O senador Marcos Do Val (PPS), entrou no Congresso Nacional pela primeira vez já sentando na janelinha. Além de ser o 1º suplente da Mesa Diretora, compõe nada menos que quatro comissões no Senado. Ciência e Tecnologia; Educação; Meio Ambiente; Defesa do Consumidor; e, na última quinta, divulgou ter se tornado vice-presidente da CRE – Comissão de Relações Exteriores. Não vai ser por falta de trabalho.

Orla da discórdia

O vereador de Anchieta, Professor Robinho (PT do B),  convocou os secretários Leonardo Abrantes, de infraestrutura, Jéssica Martins de Freitas, de Meio Ambiente, além do procurador do Clei Fernandes de Almeida, para irem à Câmara esclarecer o que considera “pontos nebulosos” no projeto das obras da orla da Praia da Concha. Alega que a população e até os empresários do ramo têm dúvidas quanto ao Termo de Ajuste de Conduta proposto para resolver impasses ligados ao projeto de infraestrutura.

Foto da Coluna: Folha Vitória.