Futuro sustentável ou futuro possível?

O que fazer com o rejeito?
O governador Renato Casagrande (PSB) esteve nesta quarta (17) em Minas Gerais, onde participou de um seminário técnico que debateu o futuro da mineração. O tema central foi o que fazer com os rejeitos do processo produtivo, os mesmos que, armazenados inadequadamente, já provocaram duas catástrofes (Mariana e Brumadinho) – crimes ambientais ainda sob investigação.

Presenças
Além de Casagrande e dos representantes das empresas mineradoras, o evento, realizado na cidade de Nova Lima, contou com as presenças do governador de Minas, Romeu Zema (NOVO), e dos ministros Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).

O que pensa Casagrande
Em entrevista após o seminário, o governador capixaba disse ver com preocupação a dependência econômica que ES e MG têm do setor de mineração. Disse que houve um “nível de irresponsabilidade histórico” nos episódios de Mariana e Brumadinho e que “não há possibilidade de haver outro desastre”.

O que pensa Casagrande II
Para o governador, é necessário “responsabilidade das empresas, penalidade para os crimes cometidos, com compensação ambiental e social”. No entanto, ele ressalta que “não é possível matar as empresas”. Casagrande vê nas novas tecnologias a resposta para a destinação de rejeitos.

Segue a briga
A coisa na Serra está pra lá de feia. O último capítulo da novela da briga entre Câmara de Vereadores e Prefeitura é a decisão liminar do desembargador do Tribunal de Justiça (TJES), Ewerton Schwab Pinto Júnior, nesta quarta (17), que garante ao Legislativo dar continuidade aos trabalhos de nada menos que oito comissões processantes, abertas para investigar atos da gestão do prefeito Audifax Barcelos (REDE).

Segue a briga II
Enquanto Audifax se diz “encurralado” por vereadores que estariam agindo “em nome do crime organizado”, a Câmara – que tem na presidência um correligionário do prefeito, Rodrigo Caldeira – diz que há suspeitas suficientes para tocar as investigações – a maior delas, a CPI da Saúde. A decisão é liminar, portanto cabe recurso.

Pare e Siga
Por iniciativa do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT/ES), a Câmara dos Deputados acaba de criar, no âmbito da Comissão de Viação e Transportes, uma subcomissão para tratar da conclusão de obras públicas inacabadas no Brasil. Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) falam de mais de 14 mil obras, financiadas com recursos federais, paradas no país inteiro.

Pelo ralo
Vão ficando pelo caminho obras de saneamento, creches, unidades de saúde, escolas, rodovias, ferrovias, etc. etc. etc.; e, claro, o dinheiro do contribuinte. Somadas, as obras custaram nada menos que R$ 144 bilhões.

Freio no PAC
Desse total, R$ 127 bi são de cerca de 2,2 mil obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Prejuízo também para os trabalhadores, pois atrasos e paralisações, na maioria das vezes, levam à inevitável demissão de operários. Esperemos por dias melhores.

Foto da coluna: Agência Senado.