A volta do Contestado em Ecoporanga

Sede do MPES

Novo Contestado

Famoso pela história do Contestado – um litígio sobre o limite territorial entre Espírito Santo e Minas Gerais que quase levou a uma guerra civil -, o município de Ecoporanga tem na prestação de contas do ano de 2012 seu mais novo “contestado”.

Resumo

É que as contas daquele ano foram julgadas duas vezes pela Câmara de Vereadores. Na primeira, em 2016, elas foram rejeitadas. Eis que um ano depois, em 2017, a Câmara reviu a própria decisão, e, por meio de um decreto, aprovou as contas. O prefeito da época é o mesmo que senta na cadeira de gestor hoje: Elias Dal Col (PSD).

Ação

Inconformado com a mudança, o MPES entrou com ação civil pública na Justiça, que deu sentença favorável em 1ª instância, suspendendo o decreto. A decisão é do juiz da Vara de Ecoporanga, Bruno Fritoli Almeida. 

Inelegível

Dessa forma, as contas de Dal Col de 2012 seguem rejeitadas, e o alcaide se tornou, a partir de agora, inelegível. Ainda cabe recurso da decisão.

O que dizem

O prefeito Elias Dal Col foi procurado pela coluna, mas até o momento da publicação não havia dado retorno. Já o presidente da Câmara, Greidismar Lopes dos Santos (PSD), disse que ainda não foi intimado oficialmente e “se reserva o direito de não comentar”.

Catraia

O transporte nos barquinhos a remo, que virou tradição capixaba, parece com os dias contados. Os catraieiros que iam do Centro de Vitória até Paul, em Vila Velha, na Baía de Vitória, dizem que a Companhia Docas do ES (Codesa) não está cumprindo acordo feito quando o serviço foi suspenso, há quatro anos, para as obras do Cais de Atalaia.

Catraia II

A Codesa vai suspender o pagamento de auxílio mensal – no valor de R$ 2,1 mil – assim que as obras do Cais de Atalaia terminarem. Os 17 catraieiros que recebem a verba dizem que, diferentemente do combinado, a companhia não vai mais fornecer embarcações motorizadas, nem os deques de embarque e desembarque. 

Codesa

A Companhia Docas afirma que sempre esteve aberta ao diálogo, inclusive realizando reuniões mensais, mas que os catraieiros nunca participaram. Diz ainda que o projeto prevê a construção de um novo deque.

Foto da coluna: Folha Vitória.