“Chegou o momento de quebrar esse silencio e dividir com vocês o que aprendi com ele”, disse o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), ao iniciar discurso nessa terça-feira (10), no Plenário. O que veio depois foi uma “reescritura oral” da carta publicada para comunicar a renúncia da Mesa Diretora assinada por Erick e 22 deputados.
Democrática
Apesar dos inúmeros questionamentos à decisão de Erick Musso, o presidente reafirmou que a eleição “não foi antidemocrática e personalista, como acusam alguns oportunistas de ocasião”. Justificou que câmaras municipais já adotaram a medida anteriormente.
Era Gratz
Discordou da comparação com a Era Gratz. “É indevida, injusta, perversa e covarde. Uma narrativa rasteira de quem usa a política como palanque eleitoral”. E disparou: “Minhas mãos são limpas”.
Resumindo..
Em quase 30 minutos: filosofou, argumentou que outras casas de leis já anteciparam a eleição da Mesa, engrandeceu sua reputação, elogiou praticamente todos os deputados da Casa (inclusive alguns que votaram contra a Mesa eleita) e os serviços da Ales. Ao final do discurso, ficou a pergunta: o que Erick Musso aprendeu com o silêncio pós eleição?
Respostas
Após a fala do presidente, o deputado Sérgio Magesk (PSB) – o único entre os que votaram contra a Mesa eleita a não ganhar elogios de Erick – disse que é preciso dar explicações à sociedade sobre tudo o que se faz na Casa. “Se foi feita uma PEC pra antecipar a eleição, porque isso é bom pra sociedade?”. A pergunta continua ecoando dentro e fora da Ales…