Sergio Majeski deve sair do PSB sem retaliações e formalizar o casamento com a Rede. Lideranças do partido comandado por Audifax Barcelos dizem que esse acordo está bem perto de ser fechado. Nesse cenário, Majeski entra como cabeça de chapa, e Roberto Martins pode tentar um novo mandato na Câmara de Vereadores de Vitória. O cenário ideal para a sigla.
Dança das cadeiras
O deputado estadual Alexandre Quintino (PSL) é o novo líder estadual do PSL. Amarildo Lovato, ex-presidente, está como vice, e Capitão Assumção foi expulso. Segundo lideranças do partido, Capitão Assumção teria desacatado Amarildo durante uma reunião com os deputados estaduais do PSL, no final da semana passada. O desentendimento teria sido a gota d’água para a expulsão, já que a Executiva Nacional já não estaria engolindo o apoio de Assumção à criação do Aliança pelo Brasil – novo partido de Bolsonaro – há tempos.
Preferência
Assumção nunca escondeu a admiração por Bolsonaro e por diversas vezes declarou que está com ele. Mas ser discípulo do presidente ficou mais difícil e arriscado para quem quer ser pré-candidato. O presidente está sem partido, e o Aliança não deve ficar pronto a tempo para disputar as eleições municipais. Para seguir com as pretensões, restou ao deputado estadual continuar no PSL e concorrer pela legenda à prefeitura da capital… até a direção do antigo partido de Bolsonaro cobrar fidelidade total de seus filiados.
Novo presidente
Sobre a situação, Alexandre Quintino está alinhado ao posicionamento de Luciano Bivar, presidente nacional do PSL. “Se você está em um partido, tem que fazer o máximo para que esse partido cresça.” Sobre reverter a decisão de Amarildo com relação à expulsão, disse que é preciso ver a legalidade do ato. “Se o presidente tem esse poder e se sentiu desacatado, não dá pra reverter.”
Tem quem queira
Capitão Assumção disse que não tem cabeça, no momento, para pensar sobre como ficará sua situação “com essa pandemia acontecendo”. Mas não deve ficar à deriva durante muito tempo. Segundo informações de bastidores, já teria recebido o convite para se filiar a outra sigla.
Cancelamento
Em meio às incertezas por causa do coronovírus, foi protocolado no Tribunal Superior Eleitoral consulta para saber se a pandemia pode levar ao adiamento do calendário eleitoral. Também há uma discussão sobre a possibilidade de cancelamento do pleito. Questionado sobre o assunto, o governador Renato Casagrande se posicionou. “Não sou favorável à prorrogação de mandato de ninguém, nem o meu. Temos que manter o foco para resolver esse assunto e manter o calendário eleitoral, que é fundamental para a consolidação da nossa democracia.”
Novo capítulo
O MDB Nacional determinou que uma Comissão Interventora nomeada pela sigla deve assumir o comando político e administrativo do partido no Estado. A Comissão vai decir sobre as filiações e os rumos do partido nas eleições municipais. Para quem imaginava que Lelo Coimbra desistiria, está aí a resposta. Pelo menos diretamente, Lelo não vai fazer parte do grupo à frente do partido. Mas, certamente deve ter carta branca do presidente da sigla, Baleia Rossi, de quem é próximo, para coordenador nos bastidores. O último capítulo dessa história foi o reconhecimento da Justiça pela legalidade do pleito improvisado realizado pelos apoiadores de Marcelino Fraga no dia 16 de fevereiro, em que Fraga saiu vitorioso.