Gasto de combustível na Ales durante pandemia

Só a Assembleia pode aumentar o salário do governador / crédito: divulgação

Em abril, o isolamento social já era uma orientação do governo estadual para combater a pandemia e as sessões da Ales já estavam ocorrendo de forma remota. Ainda assim, segundo o Portal da Transparência da Assembleia Legislativa, quase metade dos deputados estaduais gastaram com combustível nos meses de abril e maio. Alguns, mais de R$ 1000.

Luciano Machado (PV)

Segundo consta no Portal, o deputado gastou nos dois meses R$ 1587,84. A assessoria de Luciano explicou que o parlamentar continuou atendendo demandas de organizações populares e cidadãos. “Foram tomadas as devidas precauções e recomendações de órgãos de saúde. Vale destacar ainda que o deputado é da região sul do Estado, Guaçuí, e atende a população de toda a região”.

Alexandre Quintino (PSL)

Já Alexandre Quintino gastou nos dois meses R$ 2.198,72.  A assessoria reforçou que “a chegada da pandemia aumentou extraordinariamente as demandas da saúde e de todo aparato de segurança pública e, por isso, o deputado intensificou suas agendas na região metropolitana e no interior capixaba, in loco, a fim de garantir o cumprimento das pautas em que ele já atuava, bem como levantar as necessidades emergenciais que surgiram com essa crise”. O deputado é de Itapemirim.

Hudson Leal (Republicanos)

Segundo o Portal, Hudson Leal (Republicanos) foi o que mais gastou, com R$ 2.267,29. O parlamentar informou que, apesar da pandemia do novo coronavírus, as ações no interior não foram pausadas. “Continuei visitando minhas bases, ouvindo e atendendo os anseios da população, fiscalizando e realizando entrega de emendas. Sempre com todo o cuidado, evitando aglomerações e usando máscara”. O parlamentar é de Vila Velha,

Falando na Casa..

Nesta quarta-feira, a Comissão de Educação vai debater o possível retorno às aulas nos próximos meses. O colegiado quer ouvir representantes da Secretaria de Educação e segmentos envolvidos no debate.

Enfim votado

Demorou, mas o polêmico projeto da fake news foi aprovado ontem no Senado Federal e dividiu opiniões entre os capixabas. Marcos do Val (Podemos) votou contra. Rose de Freitas (Podemos) e Fabiano Contarato (Rede) votaram a favor. O projeto estabelece o rastreamento de mensagens reencaminhadas em aplicativos de conversa, obriga que provedores de redes sociais tenham sede no Brasil e cumpram as leis nacionais e cria regras para impulsionamento e propaganda nas redes sociais.

Os dois lados

Quem é a favor defende a importância de uma lei para conter a disseminação em massa de notícias falsas na internet. Quem é contra afirma que o projeto pode provocar censura online e ameaçar a privacidade.

Bem na fita

A capital capixaba ocupa a quarta posição em ranking da Transparência Internacional para avaliar informações sobre contratações emergenciais no combate à covid 19. De de 0 a 100, Vitória atingiu 91,1 pontos,  subindo 30 pontos em relação a nota de maio. Segundo a prefeitura, agora a meta é atingir a nota máxima na avaliação de julho.

Economia

Segundo o Tribunal de Contas, a arrecadação no estado caiu quase 24% em maio deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, a redução foi de 13,80%. O órgão ainda projetou cenários para os próximos meses. No caso mais grave, os cálculos indicam uma queda da receita de 2020 de R$ 3,18 bilhões em relação ao ano passado, com um recuo de mais de 16% na arrecadação estadual. Já em relação aos municípios, a queda pode chegar a quase R$ 2 bilhões.

Economia II

A Secretaria da Fazenda (Sefaz) informou que o Estado manteve a projeção de perdas de R$ 3,4 bilhões de arrecadação até o final do ano. “Em abril, o Estado já tinha sofrido um recuo de 6% e em maio um aprofundamento de 30%”, informou a nota enviada pelo órgão.