Partidos não têm aliviado para “infiéis”

Os mandatos não pertencem apenas aos políticos, mas também aos partidos.  E que partido quer perder representatividade, influência, poder e dinheiro? A não ser que o parlamentar seja uma pedra no sapado da sigla. Aí sim, une-se o útil ao agradável e sobra harmonia na hora do adeus.

Caso contrário

O impasse vai parar na Justiça Eleitoral. Isso, claro, se o parlamentar deixar a sigla fora da janela partidária, período de um mês durante ano de eleições no qual políticos podem trocar de partido e manter-se no cargo. Vereadores já tiveram sua oportunidade esse ano. Deputados, terão em 2022.

Mas..

Como os desentendimentos não seguem o calendário da janela, muitos casos vão parar na Justiça Eleitoral. Os políticos alegam a justa causa para ganhar a liberdade. Já as siglas, defendem a perda do mandato do “infiel” para garantir que a vaga seja assumida pelo seu suplente.

PDT 

O caminho de Marcelo Santos  para cortar de vez o vínculo com o PDT não será tão fácil assim. Ele teve parecer favorável do TRE-ESMas, o Ministério Público Eleitoral manifestou-se favorável à perda do mandato do deputado estadual, e o caso ainda será decidido pelo TSE. Vale lembrar que Marcelo Santos apostou alto e se filiou ao atual partido, o Podemos, antes do desfecho do caso na Justiça. 

PSB

No caso do deputado federal Felipe Rigoni (PSB), apesar de a tramitação do processo para deixar o partido continuar sem novidade no TSE,  tudo indica que o pedido será deferido. Falando nisso, segundo a assessoria do deputado, ele já recebeu convite de boa parte dos partidos. Só do PSL que não, claro!

Crítica  

É  harmonia demais entre os Poderes. O princípio da independência foi por água abaixo. O procurador geral da República age como advogado da família Bolsonaro e tem obsessão em retalhar a Lava Jato”. Fala do senador Fabiano Contarato (Rede), que assinou o manifesto do grupo Muda Senado em defesa da Lava Jato.

Sem partido

O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado, nas redes socias, que não pretende se envolver na disputa em primeiro turno das eleições municipais. Pudera! O presidente está sem partido desde que saiu do PSL e não conseguiu criar o Aliança pelo Brasil a tempo para as eleições deste ano.