O prefeito de Cariacica, Juninho (Cidadania), ainda não anunciou se vai apoiar alguém nas eleições municipais na cidade. Candidatos ao apadrinhamento não faltam, e tem batido à porta da prefeitura. Mas Juninho deixou claro que não está inclinado a apoiar um nome só porque esperam que o faça. “Se a eleição fosse baseada em transferência de votos nem estaria sentado nessa cadeira, já que quando me elegi não era candidato de ninguém. Mas minha disposição para dialogar com quem me procura é sempre aberta”.
Mudança
O prefeito não está irredutível. Lá na frente reconhece que pode mudar de ideia. “Posso sim me posicionar mudando tudo o que te disse se eu sentir que à frente dessa prefeitura vai sentar alguém que pode prejudicar a cidade. Aí serei o primeiro a sair pra rua pra fazer campanha”. Perguntei ao prefeito se tem algum pré-candidato que, na visão dele, pode prejudicar o município. “Sim, tem, mais de um”.
Nova gestão
Juninho vai completar oito anos à frente de um dos municípios mais desafiadores da Grande Vitória. Cariacica tem a menor renda per capta do Espírito Santo, o que aumenta a dependência de recursos de fora. Ou seja, é essencial que o prefeito da cidade tenha boa interlocução com os governos estadual e federal. “Quem assumir vai pegar toda essa crise econômica, emocional e comportamental por causa da pandemia. Espero que o novo prefeito continue com as contas equilibradas e a harmonia que conseguimos colocar na cidade”.
Planos
Congresso, Palácio Anchieta…quais são as intenções de Juninho? “Eu posso ser deputado federal, posso participar de qualquer pleito, inclusive compondo majoritária do Estado. Palácio não é sonho nem meta, mas uma composição é possível. Como também posso não ser nada. Mas, disputando ou não, não vou ficar de fora. Só quero tratar disso a partir de junho do ano que vem. Tenho projetos pessoais, ano que vem quero iniciar o doutorado. Quero ir com calma nas questões eleitorais e cuidar da vida pessoal”.
Estratégia
Não se posicionar em relação a um nome para seu sucessor em Cariacica já é um posicionamento. Afinal, escolher um significa desagradar vários. E isso pode arranhar as pretensões eleitorais futuras de Juninho, seja para o governo estadual ou Congresso.