Gandini vai buscar protagonismo em Vitória

Deputado estadual Fabrício Gandini
Deputado Estadual Fabrício Gandini

Fabrício Gandini (Cidadania), 40 anos, pré-candidato à prefeitura de Vitória, apadrinhado por Luciano Rezende, do mesmo partido. O caminho que se concretiza agora na carreira política do deputado – aparentemente como planejou – foi pensado e sonhado bem lá atrás, muito antes de o pré-candidato declarar a intenção de concorrer à prefeitura da capital, ainda em 2019.

Política

Gandini cursou técnico em Mecânica, no Ifes. Foi lá, ele conta, que o interesse pela política começou. “Foi um momento em que tive forte contato com as diferenças sociais. Tive clareza que queria fazer de forma diferente do que via e criticava até então”. O pré-candidato também cursou direito e fez especializações e mestrado nas áreas de políticas públicas e gestão de cidades.

Câmara

Gandini foi eleito três vezes vereador de Vitória. Nesse período em que passou pelo Legislativo municipal alcançou recorde de votos no Estado e foi presidente da Casa. Conquistas que abriram caminho para o deputado assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa, em 2019. E por que não terminar o mandato na Ales? “Sonho em ser prefeito de Vitória desde 1997, quando decidi entrar para a política. Você não acorda e decide ser prefeito. Tem que ter condições. Hoje tenho carga e bagagem para entregar um bom projeto”.

Identidade

O deputado vai contar com a digital da gestão de Luciano Rezende na campanha. Ainda assim, ele afirma que sua candidatura não deixará de ter assinatura própria. “Eu não vou esconder meus aliados, mas terei meu protagonismo”. Sem surpresas, Gandini evita apontar problemas da gestão atual. “Vamos continuar com o trabalho de combater a corrução, que já afetou diversos serviços públicos na cidade nas gestões anteriores. Também é preciso devolver à cidade a capacidade de investimento com recursos próprios”.

Vice

O vereador Natan Medeiros (PSL) foi o escolhido para vice do deputado estadual. Uma parceria Cidadania – PSL como essa seria pouco provável num passado recente. A guinada que o ex-partido de Bolsonaro sofreu no Estado, com a saída de Manato e o comando do deputado Coronel Quintino, tornou possível o acordo. Certamente, muito válido para Gandini, já que Natan tem grande reconhecimento nas áreas periféricas da cidade. “Tenho muita admiração pelo Natan, ele tem uma capacidade enorme de diálogo, tem ligação forte, principalmente, com São Pedro e Santo Antônio, onde viveu. Essa ligação será fundamental para que nossos projetos sejam adequados”.

Apoio

O pré-candidato não abriu o jogo sobre as conversas com outros partidos para costurar apoios. Hoje, o PSB, partido de Casagrande, tem como pré-candidato Sérgio Sá. Em um eventual segundo turno sem o vice-prefeito de Vitória, a coluna questionou se Gandini espera um apoio do Palácio Anchieta, em nome da boa relação entre as duas legendas. “Essa é uma pergunta importante. Segundo turno vamos discutir, se tiver segundo turno, né. De fato quero trabalhar com todas as forças como aliadas, inclusive com os governos estadual e federal. Isolamento político é um desastre. Vamos construir pontes, e não muros”.