Essa segunda-feira foi histórica. A vacina contra a covid 19, que já vitimou mais de 200 mil brasileiros e mais de 4 mil capixabas, começou a ser distribuída para os Estados. Enquanto boa parte das lideranças políticas comemoravam Brasil afora, Bolsonaro preferiu o silêncio. Aliás, um silêncio parcial. Ele falou sobre o assunto na manhã de ontem com apoiadores ao deixar o Palácio da Alvorada, afirmando que “a vacina é do Brasil e não é de nenhum governador”, em referência a João Doria (PSDB) que saiu na frente do governo federal. Ou seja, quando falou, apenas politizou.
Democracia x ditadura
A falta de entusiasmo do Presidente é coerente com o negacionismo explícito à vacina demonstrado até aqui. Como não aceita ficar em segundo plano, Bolsonaro quis se destacar – ainda que negativamente – em um dia em que os holofotes fugiam dele. Para apoiadores, afirmou que as Forças Armadas são as responsáveis por decidir se há democracia ou ditadura em um País, e que o sucateamento das Forças faz parte de um objetivo de implementar o socialismo no Brasil. Um assunto sem pé nem cabeça para tentar tirar o foco do que realmente importa. Bem característico do Presidente, aliás!
Coletiva
Deputados e senadores capixabas apareceram em peso na coletiva do governo capixaba que marcou o início vacinação contra a covid-19 no Estado. Marcos Do Val (Podemos), Evair de Melo (PP), Felipe Rigoni (PSB), Fabiano Contarato (Rede), Bruno Lamas (PSB), Emílio Mameri (PSDB), Erick Musso (Republicanos), Doutor Hércules (MDB).
Mau exemplo
Muitos policiais federais responsáveis pela escolta das vacinas pelo País não usavam máscara.
Casa do Povo
A Assembleia Legislativa oferece diversos serviços à população. Agora, vai ter até vacina. É que os deputados estão disponibilizando as dependências do Parlamento ao governo do Estado e à prefeitura de Vitória para imunização da população.