O presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Erick Musso (Republicanos), vai seguir à frente da Casa até 2023. Até aí, nada de novidade. Tudo seguiu o script alinhado com o governo estadual: chapa única e quase unanimidade na votação. Surpresa mesmo foi no discurso de posse: Erick Musso chorou, disse que foram 446 dias de massacre, desconfiança e ataques. Uma referência à polêmica antecipação da eleição da Mesa em mais de um ano, em novembro de 2019.
Desculpa
Ainda teve pedido de desculpa: “Eu não tenho problema nenhum em pedir desculpas a qualquer que seja o colega. Me desculpa por qualquer atitude que eu tenha errado com vocês, com os servidores e com os capixabas”.
Despedida
Erick adiantou que não será candidato a deputado estadual em 2022. Os próximos dois anos certamente serão de muito trabalho na Casa. O parlamentar não vai desperdiçar a oportuidade de ganhar projeção suficiente para buscar uma vaga em outra Casa, lá pros lados de Brasília.
Contra
Iriny Lopes (PT) e Sergio Majeski (PSB) foram os únicos deputados a votarem contra a chapa.
Olha o álcool!
José Esmeraldo (sem partido) era um apego só com o borrifador de álcool. Ainda saiu jogando o líquido pra todo lado: sobrou para o deputado Freitas (PSB) e para a a deputada Janete de Sá (PMN).
Falando no deputado..
Esmeraldo tem uma reunião, hoje, com lideranças do Republicanos sobre uma possível filiação ao partido.
Perdeu
Coisa boa é garantir uma vaga na Mesa Diretora. Perder a cadeira, nem tanto. Dentre os que deixaram a Mesa, Torino Marques (PSL) não escondeu a frustração. “Por conta de uma composição com o Governo do Estado estou sendo retirado”. A fala corrobora a participação ativa do Palácio na eleição da Mesa. Mas, vale lembrar que os poderes são independentes…teoricamente.
Velhos tempos
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) esteve presente na eleição da Mesa. Só foi embora depois da posse do colega de partido, Erick Musso.
Papo bom
Sergio Majeski (PSB) e Pazolini (Republicanos) engataram num papo bom durante o pleito. Só cortaram a conversa quando Majeski foi chamado para justificar o voto contra a chapa. Nos tempos do prefeito na Ales não era bem assim..
No Legislativo Federal
Deu Bolsonaro, duas vezes. Rodrigo Pacheco (DEM), conquistou a maioria no Senado. Ele contou com o apoio dos capixabas Fabiano Contarato (Rede) e Marcos do Val (Podemos). Arthur Lira (PP) venceu na Câmara, e também teve a preferência da maioria dos deputados capixabas.