Karla Coser: o peso do sobrenome e do partido

A vereadora Karla Coser, de 30 anos, conversou com a coluna sobre as primeiras semanas de mandato na Câmara de Vitória. Jovem, mulher, oposição e filha de João Coser, ela já protagonizou momentos polêmicos em Plenário e foi duramente criticada. Com apenas um mês de mandato, já teve uma prévia do que vem por aí.

Bandeira do PT

Na última semana a petista levou uma bandeira do partido em comemoração ao aniversário de 41 anos da sigla. Alguns vereadores questionaram a legalidade do ato. “Tá virando bagunça essa Casa?”; “Virou Zona”, dois parlamentares dispararam. A vereadora seguiu o discurso com a bandeira sobre os ombros. “Não imaginava ser desrespeitada como fui aquele dia. Foi constrangedor. Mas sempre soube que em relação ao PT seria difícil”.

Oposição

Karla reforça que não quer fazer oposição por oposição. “O que for para o bem da cidade não tenho problema em votar junto com o prefeito. O que estou pedindo não é muito, é respeito pra falar, pra me pronunciar, isso tem que ser garantido a todos os vereadores”.

Comissões

No ponto de vista da parlamentar, a divisão das Comissões Permanentes foi uma demonstração do preço que se paga em ser oposição. “Queria estar na de Justiça, Mulher, Meio Ambiente. Não deixaram eu e Camila juntas em Comissões, nem na da Mulher. Isso é uma decisão política para dificultar o nosso trabalho. Mas isso faz parte do jogo, estratégia, não tem nada de desonesto”, pontuou.

Coser

João Coser perdeu as eleições para prefeito de Vitória. Mas, o sobrenome segue na Capital. Karla não esconde a admiração pelo pai, a quem pede conselhos pra algumas situações. Em Plenário, já ouviu críticas sobre a gestão do ex-prefeito. “Pra mim não é so defender o legado pestista. Mas a figura paterna. Minha carreira política está começando, não tem nada pra criticarem. Quando questionarem o PT à frente de Vitória, vão falar do João. Já teve um episódio, não sei se vai se repetir”. 

Prisão e multa

A infração de ordem de prioridade de vacinação pode resultar em pena de reclusão de um a três anos, e multa. A pena é aumentada de um terço se o agente falsifica atestado, declaração, certidão ou qualquer documento. O projeto foi aprovado, na última semana, na Câmara dos deputados e ainda vai passar pelo Senado.

Planos de Saúde

Os planos e seguros privados de assistência à saúde podem ser obrigados a oferecerem vacinas contra a covid-19 aos seus usuários. A medida foi proposta pelo deputado Vandinho Leite (PSDB).