O ex-deputado federal Lelo Coimbra não vai disputar as eleições desse ano. Mas, nem por isso, ficará longe do processo eleitoral. Ele continua no MDB e vai ajudar no processo de construção da candidatura de Guerino Zanon (PSD) para o governo do Estado.
Em nota divulgada à imprensa, Lelo disse que após “profunda reflexão” decidiu não disputar e citou a “inviabilização para montagem de chapas no MDB, tanto para o governo, quanto para os cargos no Legislativo estadual e federal”. Disse também que permanece no partido, mesmo tendo recebido convite de várias outras legendas. “Permaneço no MDB e na trincheira para construir um projeto alternativo para o governo do Espírito Santo”.
Em entrevista para a coluna “De Olho no Poder”, Lelo disse que foi convidado para entrar no Podemos, PP, União Brasil, PSDB, Rede, PDT, Republicanos e PSD, mas que a migração “parecia não fazer sentido” já que havia decidido não concorrer.
“Vou ajudar no limite que puder para construir uma alternativa no Executivo, junto com Guerino. No projeto nacional vou buscar uma alternativa a Bolsonaro e, no projeto estadual, uma alternativa a Casagrande”, disse Lelo.
Questionado se mesmo estando no MDB ficaria contrário ao posicionamento do partido – uma vez que a senadora Rose de Freitas, que preside o partido no Estado, defende que o MDB apoie a reeleição de Casagrande –, Lelo disse que não existe um posicionamento do partido. “A Rose não tem partido mais, ela vai levar o desejo dela. Não montou chapa, não levou ninguém para o MDB. Ela vai levar a sigla oca, para dar tempo de TV ao Renato Casagrande, em troca do apoio dele à sua candidatura ao Senado”, disse Lelo.
O ex-deputado porém, não disse o que irá fazer se o partido cravar o apoio a Casagrande. “Cada coisa ao seu tempo”, afirmou.