O secretário estadual de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, Marcus Vicente, vai continuar à frente da mesma pasta a partir de janeiro do ano que vem. O governador Renato Casagrande (PSB) anunciou a continuidade da gestão de Marcus no comando de uma das pastas mais cobiçadas do governo, a Sedurb.
“Em nosso próximo governo a Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb) permanecerá sob o comando de Marcus Vicente. Daremos sequência ao nosso trabalho realizando obras e projetos para melhorar cada vez mais a qualidade de vida da população capixaba”, escreveu Casagrande em seu perfil do Twitter.
O orçamento da pasta para o ano que vem é de R$ 450 milhões, sendo R$ 243,8 milhões de investimento, o que significa muitas entregas e visibilidade. A Cesan, por exemplo, está vinculada à Sedurb e o governador tem como promessa de campanha aumentar os investimentos – seja com recursos próprios ou com convênios – na área de habitação e regularização fundiária.
A indicação do nome de Marcus Vicente atende à cota partidária do PP, partido da base aliada do governador presidido pelo secretário. De centro-direita, o partido foi fundamental na campanha para puxar votos de bolsonaristas para Casagrande, uma vez que, nacionalmente, o PP faz parte da base de Bolsonaro e Casagrande apoiou o presidente eleito, Lula.
Durante a pré-campanha, o partido chegou a ensaiar lançar uma candidatura ao Senado e pleitear indicar o vice na chapa do governador, chegando a trazer o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, ao Estado, que fez uma fala de pressão nesse sentido. Mas, depois, o partido aceitou compor a frente ampla sem a exigência dos cargos majoritários.
Após a eleição começaram as conversas com os partidos. A conversa com o PP acabou ficando mais para o final porque Marcus, que é vice-presidente da CBF, estava no Qatar, acompanhando os jogos da Seleção na Copa do Mundo da Fifa.
Nos bastidores, algumas lideranças do PP gostariam de ter mais espaço, mas o governador já deixou claro que cada partido terá uma cadeira no 1º escalão. Mas, as conversas devem continuar para o preenchimento do 2º escalão e de autarquias.