Num documento, de seis páginas, escrito à mão, o administrador Sandro Luiz da Rocha disse ter sido envolvido numa “farsa imoral” para prejudicar o vereador de Vitória Armando Fontoura. Ele protocolou um requerimento na Câmara de Vitória pedindo que seu nome seja retirado de uma representação que pede a cassação do mandato do vereador.
A coluna teve acesso ao documento e, nele, Sandro diz ter assinado a representação sem ler e que teria sido abordado – não diz por quem – para assinar um pedido de audiência pública e não um pedido de cassação de mandato.
“No corrente mês de março de 2023 fui abordado e informado de que a Câmara de Vitória iria realizar uma audiência pública, em razão do afastamento do vereador Armando Fontoura. (…) Essa foi a informação que eu recebi. Acreditando que esse seria o verdadeiro motivo, cometi o erro de assinar, sem ler, uma folha para estabelecer apoio a essa proposta”, escreveu Sandro.
O administrador conta ainda que foi surpreendido com seu nome aparecendo na autoria da ação que pede a cassação do mandato de Armando. “É falso, leviano e irresponsável quem conduziu essa farsa imoral, pois coloca meu nome e a minha pessoa em confronto (sic) que é descabido”.
Ele pede que o nome dele seja retirado do processo. “Solicito a essa Corregedoria (…) que retire o meu nome, Sandro Luiz da Rocha, dos autos desse documento que traz informação falsa sobre a minha opinião. É falsa a informação que diz que movi uma ação contra Armando Fontoura”.
O administrador também gravou um vídeo – que foi veiculado no perfil do Instagram de outra pessoa – também negando ser o autor da representação na Câmara de Vitória.
Ontem (18), o corregedor-geral da Câmara, Leonardo Monjardim (Patriota), determinou que Sandro seja ouvido no colegiado na próxima terça-feira (25) para esclarecer os fatos, conforme noticiou a coluna.
A decisão foi comunicada numa reunião extraordinária da Corregedoria, convocada por Monjardim, que também determinou que Armandinho seja notificado na cadeia e apresente defesa em 10 dias.
Armandinho está preso, em Viana, desde o dia 15 de dezembro, por determinação do STF por supostamente integrar uma “milícia digital privada”, por disseminar fake news e por atacar instituições do Estado e seus membros.
Veja o documento na íntegra:
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