Aconteceu o que muitos já esperam. Uma manobra liderada pelo líder do Governo na Assembleia, Gildevan Fernandes (PMDB), conseguiu anular a votação do relatório da CPI dos Empenhos, que aconteceu sem sua presença, por 13 votos a 12. O caso inédito na história do Legislativo foi validado pelo plenário durante sessão nesta quarta-feira. Como também já era esperado, o assunto deu o que falar, já que nos bastidores, havia um movimento para incluir o ex-governador Renato Casagrande entre os indiciados junto com outros cinco ex-secretários. Gildevan garantiu que há vários indícios de “pedaladas fiscais” cometidas pelo governo anterior e acusou o relator da CPI, Euclério Sampaio (PDT), de tentar fazer uma defesa exacerbada do ex-governador. O pedetista rebateu dizendo que a decisão de anular a votação é uma disputa pessoal entre Gildevan e Casagrande. “Isso é uma questão de ditadura, estamos voltando ao passado? Essa Casa não tem que ter voto de ódio, tem que ter voto de coerência”.
Na defesa
Quem também saiu na defesa de Casagrande foi o deputado Freitas (PSB). Segundo ele, mais uma vez uma disputa política semeia o ódio e coloca o Estado em risco. Qual o objetivo de desconstruir uma liderança [Renato Casagrande]?”, questionou.
A tréplica
O líder do Governo rebateu a conotação política ou pessoal para anular a votação do relatório e apontou a Lei de Responsabilidade Fiscal como justificativa para tomar a decisão. “Identificamos uma sequência de mazelas, de irresponsabilidades fiscais, milhões em dívidas não empenhadas”, declarou.
Chicotada
Em suas redes sociais, Casagrande comentou a decisão da Assembleia e considerou a manobra do líder do Governo como “grosseira e violenta” e que ficou “impossível disfarçar as digitais do Palácio Anchieta” na polêmica. Para o ex-governador, as instituições, no caso a Assembleia, estão sendo usadas como chicote para atacá-lo de forma mesquinha e rasteira.
Cópia?
Conforme a Coluna noticiou na edição anterior, o vereador Rogerinho Pinheiro (PHS) protocolou projeto na Câmara para criar o Dia do Cabeleireiro. A proposta de importância duvidosa como se não bastasse teria sido copiada de Manaus, conforme aparece no processo protocolado no Legislativo. Nem o texto foi mudado.
Deu BO
Ao reassumir o Executivo interinamente, a prefeita de Itapemirim, Viviane Peçanha (PSD), disse que achou em seu gabinete um equipamento com 12 antenas que aparentemente é usado para interferência em sinais de redes de comunicação. A Polícia Militar foi acionada, um Boletim de Ocorrência foi registrado e o objeto será entregue ao Ministério Público Estadual.
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