Com uma desculpa vazia, nem mesmo entendida pelos seus próprios aliados, a candidata Nina (PDT) resolveu de uma última hora não participar do debate promovido pela Rede Vitória. A transmissão aconteceu tanto no jornal online como no Facebook do veículo.
Em comunicado enviado à rede, a candidata do PDT disse que o formato [de transmissão pela internet] não era interessante. Fontes consultadas pela coluna acreditam que a atual presidente da Câmara Municipal ficou com receio de enfrentar Gilson, que é um ávido decorador de números da sua gestão.
Nesse tom, Gilson reinou durante a conversa. Para toda pergunta tinha um feito. E para todo feito tinha um número. Se o candidato do PV escorregou em algum momento, esse aconteceu quando foi questionado sobre a Lei De Responsabilidade Fiscal (LRF), já que o município estaria próximo de ultrapassar o limite legal com a folha de pagamento.
Em resposta, o candidato do Partido Verde disse que no governo anterior esse limite foi extrapolado e que agora – em plena crise econômica – ele conseguiu reduzir gastos com pessoal e não ultrapassar o teto. Para quem não se lembra, a gestão de Angela Maria Sias (PMDB), entre 2009 e 2011, foi apoiada por Solange Lube (PMDB), ex-prefeita da cidade, que agora também apoia Gilson Daniel por meio do vice Mazinho Zucoloto (PMDB).
Mas durante toda a sabatina, Gilson Daniel foi bastante sagaz. Citou obras na saúde, educação, segurança pública, meio ambiente. Mas o mais importante: na maioria das respostas,se adiantou dizendo que já está com projetos em curso para o próximo quadriênio – como quem quisesse dizer para os vianenses: ‘sabe aquele concurso público que vocês tanto esperam? Então, o edital já está pronto. Basta me eleger novamente para que ele saia’.
É claro que o verde não disse exatamente isso (com essas palavras). Mas serve como exemplo da estratégia que ele fez uso durante os 45 minutos de transmissão. Além de responder com bastante firmeza, passou a impressão de bom gestor e de um político que tem a capacidade de transitar por todos os poderes para conseguir investimentos para a cidade: seja o Executivo, via governo estadual, ou Legislativo, por meio dos deputados estaduais, federais e senadores.
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