Magno Malta dá largada à pré-candidatura de Ricardo Ferraço ao governo do Estado

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária. Em pronunciamento, senador Magno Malta (PR-ES). Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

O término das eleições municipais disparou o gatilho das jogatinas do tabuleiro de 2018. E, sem cerimônia, o senador Magno Malta (PR-ES) já começou a espalhar para para quem quiser ouvir – com 23 meses de antecedência – que o seu candidato ao governo do Estado é o companheiro de bancada, Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Com o anúncio de Hartung de que não concorrerá à reeleição, já figura em frente ao governador uma fila de pré-candidatos, sendo alguns selecionados a dedo pelo próprio Hartung para herdar o Palácio Anchieta. São os casos de Ana Paula Vescovi, atualmente a secretária do Tesouro Nacional, o vice-governador Cesar Colnago (PSDB) e o próprio Ricardo Ferraço. Nesse trio, Ana Paula tem a vantagem de ser economista, co-autora do discurso de austeridade do governador e de ainda ter sido elevada a um cargo de relevância nacional. Entretanto, o fato de em 2010 Hartung ter preferido Renato Casagrande (PSB) do que Ferraço ainda paira no ar e gera a incerteza para o meio político de que o tucano será escolhido. Até porque tem, em seu próprio ninho, a concorrência de peso de Colnago. A questão que fica é se Ferraço teria, mais uma vez, disposição para mudar de sigla apenas para concorrer ao governo do Estado, caso não seja [novamente] a bola da vez. Mas essas não são as únicas pedras no caminho do senador, caso realmente queira um gabinete para chamar de seu no Palácio. A disputa de 2018 tende a ser diferente das outras, com nomes de imenso peso. Além de alguns já citados, integram a lista de possibilidades a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) e o ex-governador Renato Casagrande. A REDE também pode lançar Audifax Barcelos, para ganhar visibilidade no Estado.

Abaixa tudo

Magno Malta agora deu uma de defender uma PEC, pactuada entre os três poderes, que diminui para R$ 15 mil o salário de senadores, deputados federais e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, ninguém vai “morrer de fome” com a medida, que seria necessária para ajudar o país a se recuperar economicamente. No Brasil, um senador ganha R$ 31.802,57 brutos, mais R$ 5.500,00 de auxílio-moradia, que é opcional. Magno Malta fez uso do valor em todos os últimos 10 meses.

Mea culpa

Casagrande é outro que não perde tempo. Ao dizer que olha com tristeza a situação econômica do Rio de Janeiro, afirma que fez os maiores investimentos da história do Espírito Santo e que deixou o Estado organizado, no âmbito fiscal. Ao final de um vídeo direcionado à população, dá seu recado: “podem continuar contando comigo”.

Força

O deputado federal Givaldo Vieira (PT) faz parte do grupo de insatisfeitos com os rumos que o PT tomou ao longo dos últimos anos e engrossa o movimento – denominado “Muda PT” – de pressão para trocar a cúpula do partido. Com encontros marcados para o início de dezembro, o Muda PT é comando pelas correntes mais à esquerda do Partido dos Trabalhadores. Nos bastidores, diferentemente da versão oficial, circula a possibilidade de haver uma nova debandada de parlamentares caso não haja a oxigenação apontada como necessária.

 

Saneamento

A deputada Luzia Toledo (PMDB), em parceria com a Funasa, irá implantar em Irupi um projeto piloto de melhoria sanitária domiciliar, beneficiando ao todo 120 residência na área rural do município. O investimento previsto é de R$ 1 milhão.

Saúde

Já o deputado estadual Hércules Silveira (PMDB) conseguiu remanejar R$ 122 mil para a Prefeitura Municipal de Vila Velha comprar um veículo adaptado para realizar cirurgias em animais. A intenção é evitar a proliferação de cães e gatos, beneficiando tanto o bem-estar animal como a saúde pública.