Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O deputado federal Carlos Manato (SD-ES) defendeu nesta quinta-feira (17), no Conselho de Ética, a suspensão temporária do mandato do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ). Ele é acusado por quebra de decoro parlamentar por ter cuspido em Jair Bolsonaro (PSC-RJ) no dia da votação da admissibilidade do impeachment da então presidente da República Dilma Rousseff (PT) na Câmara. Segundo Manato, o processo foi bastante discutido na Corregedoria e, apesar de ser considerada uma falta gravíssima, achou por bem não pedir a perda do mandato do parlamentar carioca. “Achamos que a perda do mandato seria uma coisa muito grave. Uma coisa que valeria a pena uma representação, uma penalidade, mas que não fosse a perda do mandato”, justificou Carlos Manato, ex-corregedor, que também considerou que apenas uma advertência seria “muito simples”. “O critério de 1 a 6 meses vai ficar para o Conselho. Se dependesse de nós, daríamos suspensão por um tempo, mas não seria o tempo mínimo. Achamos que tem que ter um afastamento temporário. Chegamos a um número, mas não vou falar qual seria este número para não induzir”, afirmou Manato.
Saiu de fininho
A CPI dos Empenhos, criada para investigar gastos realizados sem empenho (obrigação de pagar) na área da saúde durante a gestão do então governador Renato Casagrande (PSB), começou fazendo barulho, mas terminou apequenada. A versão que corre nos bastidores é que ela foi criada exclusivamente para responsabilizar o ex-governador e tirá-lo do jogo de 2018. Todavia, só correm o risco de ser responsabilizados três ex-secretários de ‘Casão’: Iranilson Casado (Desenvolvimento Urbano), Maurício Duque (Fazenda) e José Tadeu Marino (Saúde), que concorreu à prefeitura de Colatina nas últimas eleições.
PEC Magno Malta
O senador Magno Malta (PR-ES) tem sido bastante elogiado pela iniciativa de tentar estabelecer um teto para os salários dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Entretanto, como alguns eleitores não perdoam, não o pouparam de críticas por não ter comparecido à discussão do fim do foro privilegiado para políticos, ministros, secretários de Estado e outras autoridades. O debate se daria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas foi cancelado por falta de quórum.
De palavra
Conforme disse que faria assim que terminaram as eleições municipais, Marcelo Santos (PMDB) tem realizado reuniões com lideranças de Cariacica para agradecê-las pelos votos que obteve na cidade.
Teto de vidro
Choveram críticas à nomeação do novo líder do governo Temer no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), no lugar da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). Givaldo Vieira (PT) e Helder Salomão (PT) engrossam o time, ao lembrarem que ele é alvo de sete inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) – sendo dois no âmbito da operação Lava Jato.
Atentos
Os deputados federais do Espírito Santo têm recebido massivas cobranças para que votem a favor das 10 medidas contra a corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal (MPF) e endossadas por mais de 2 milhões de brasileiros por meio de assinaturas de fichas de adesão. Quem vai arriscar votar contra?
Posicionado
Lelo Coimbra (PMDB) já mandou avisar que irá votar a favor das 10 medidas contra a corrupção e contra a possibilidade de anistia para os crimes de caixa dois. A conferir.