O deputado federal Evair de Melo conversou, com exclusividade, com a Coluna e falou sobre a repercussão da tentativa de abertura da CPI para investigar o andamento da Operação Lava Jato. Alguns parlamentares capixabas assinaram apoio a essa Comissão e recuaram. Segundo Evair, são necessárias 171 assinaturas para instalação de uma CPI. Quando os proponentes alcançaram as 190 assinaturas, recolheram o documento e anexaram pedidos que desvirtuam seu objetivo inicial.
Mudanças inoportunas
“O objetivo que nos foi passado para colher nossa assinatura, era a denúncia de que um escritória de advocacia de Curitiba estaria negociando delações premiadas. No entanto, depois de colhido apoio necessário, um grupo de partidos liderados pelo PT, anexou uma série de pedidos ao documento, como investigação ao juiz Sergio Moro”, disse Evair. Como as assinaturas não podem ser retiradas, na tarde desta quarta-feira (20), líderes partidários se reuniram com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia e fizeram uma questão de ordem.
Original ou arquivamento
Cerca de 80 deputados pedem que a Mesa Diretora devolva o documento de abertura da CPI da Lava Jato para que ele volte ao seu teor original, ou seja arquivado. Além de Evair de Melo, os deputados Marcus Vicente, Lelo Coimbra, Sérgio Vidigal e Doutor Jorge Silva, recuaram do apoio à instalação da comissão.
“Denúncias merecem investigação”, diz Helder
Ainda sobre a instalação da CPI das Delações, o deputado federal Helder Salomão (PT) disse que não se trata de uma CPI da Lava Jato. “Há denúncias de que há um esquema de compra e venda de delações. Eu defendo que haja um combate implacável a corrupção. Tem advogados afirmando que há delações sendo vendidas e compradas. Delações são apenas ferramentas, mas muitas vezes, elas são usadas para condenar envolvidos. Defendo a delação premiada, mas não posso concordar com esse balcão de negócios. Eu não tenho essa informação de que houve direcionamento, distorção da CPI. Eu jamais assinaria uma CPI para prejudicar um pessoa”, disse Helder.
Haroldo fica
O secretário de Estado da Educação, Haroldo Rocha, que havia sido convidado pelo Ministério da Educação para assumir a função de secretário executivo (vice-ministro). Após o convite feito pelo Governo Federal, uma nova proposta foi realizada nesta semana, para que Haroldo assumisse então, a Secretaria de Educação Superior (SESU), porém, ele decidiu permanecer no Governo do Estado.
Errata
Diferente do que a Coluna trouxe nessa terça-feira (19), o Conselho Regional de Técnicos em Radiologia do Estado do Espírito Santo informou que não participou, nem foi convidado para a reunião com o secretário de Estado da Casa Civil, Roberto Carneiro, proposta pelo deputado Doutor Hércules. A categoria reivindica, principalmente, o reconhecimento da carga horária especial prevista em Lei Federal, de 24 horas semanais, não reconhecida pelo governo estadual. A assessoria de comunicação do deputado informou que houve um erro de comunicação e que estavam presentes os técnicos Eduardo Henrique Bazan, Márcio Pinto Coelho e Antônio Marcos Bonifácio de Souza, o Antônio de Saúde, vereador de Brejetuba, que não são representantes do Conselho.